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Três arguidos nas PPP. Testemunho de Almerindo trama ministros de Sócrates

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Mário Cruz / Lusa

O Ministério Público (MP) assumiu nos autos do inquérito às Parcerias Público-Privadas ajudicadas pelo Governo de José Sócrates que quer constituir como arguidos cinco ex-membros daquele Executivo.

Mário Lino e António Mendonça, ex-ministros das Obras Públicas, Fernando Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças e atual administrador do banco EuroBic, Paulo Campos, ex-secretário de Estado das Obras Públicas, e Carlos Costa Pina, ex-secretário de Estado das Obras Públicas e atual administrador executivo da Galp Energia, são os ex-governantes que a procuradora Ligia Salbay quer constituir como arguidos.

A intenção do MP consta de um despacho de Salbany datado de 4 de março que é revelado pela revista Sábado. Do documento não constam os crimes pelos quais os cinco ex-governantes deverão ser constituídos arguidos mas no inquérito estão a ser investigados a alegada prática dos crimes de gestão danosa, participação económica em negócio, tráfico de influência, corrupção passiva para ato ilícito, prevaricação, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem.

A revista noticia que Almerindo Marques, ex-presidente das Estradas de Portugal entre 2007 e 2011, confirmou num testemunho prestado a 12 de abril que o Governo terá cometido erros básicos na negociação dos contratos das PPP que fez com que a posição negocial do Estado fosse seriamente prejudicada.

Almerindo disse ainda que terá participado em reuniões com elementos do Tribunal de Contas e membros do governo de Sócrates para encontrar uma solução para a recusa de visto daquele tribunal aos contratos das subconcessões do Governo Sócrates e confirmou que os ex-ministros Mário Lino e António Mendonça e o ex-secretário de Estado Paulo Campos estiveram presentes nessas reuniões.

José Sócrates esteve representado pelo chefe de gabinete, Guilherme Dray, agora consultor do Governo de António Costa em matérias laborais.

Num testemunho considerado essencial para o processo, que já leva oito anos, Almerindo Marques garantiu que os documentos referentes ao esquema financeiro para pagar às empresas concessionárias chegou às Estradas de Portugal já pré-feito nos gabinetes governamentais e no próprio Tribunal de Contas.

O gestor, que chegou a reconhecer na Comissão Parlamentar de Inquérito às PPP que recebeu pressões do Executivo Sócrates para avançar com as adjudicações, já tinha denunciado no seu primeiro testemunho prestado a 6 de abril de 2013 que recebeu ordens do Governo para destruir documentos preparatórios com a engenharia financeira adotada para ultrapassar o veto do TC aos negócios.

ZAP //

15 Comments

  1. Mais uma cabala contra o bandalho 44, coitadinho…
    Que grande novidade…. é por demais evidente que a corja que o rodeava é toda farinha do mesmo saco.
    Só é pena que o costinha até agora se tenha safado pois só um grande ingenuo acredita que nao está metido na marosca até á ponta dos cabelos.
    Se encostarem o palhaço berardo ás cordas ela bufa tudo cá para fora.

    Adorava ver esta seita toda na frente do Salazar…

  2. Quando se trata de conspurcar, parece-me que a Maria não tem rival. Não mereces o nome que tens e não sabes tão pouco quem foi o Salazar. Pessoas como tu eu sei onde deviam estar. Já ouviste falar em democracia? Que te parece? Pois, certamente os neurónios não acompanham. Pessoas destas não fazem falta nenhuma na nossa sociedade. Vê se tomas o medicamento pelo menos.

    • Democracia?!!! Que democracia é que está a falar?!!! Aquela onde temos de votar nos palermas que alguém indica numa lista? E que depois vão responder perante quem os indicou e não perante quem os elegeu?!!! E está a falar da democracia em que a justiça e o poder político vivem separados?! Em que país é que mora mesmo?

  3. Caro, mal educado ACBS, em primeiro voçê deve ser ou foi funcionário público, para ficar tão ofendido(a) e depois quando se diz que alguém não merece o seu nome, essa pessoa a que não mereçe, ou seja vou lhe chamar pu… antes que me chamem a mim.

  4. Comentando a notícia, parece-me que disse pouco o Dr. Almerindo Marques. Faltou dizer que quem preparou o golpe da máfia Súcialista foi o Sr. Engenheiro Guterres que depois de ter malbaratado os dinheiros dos fundos comunitários para garantir a sua reeleição, autorizou os consórcios construtores a endividarem-se na banca com o aval do Estado Português. Significa, caro leitor, que o dinheiro correu a rôdos sem critério, sendo que no fim, como os consórcios não tiveram estorno dos muitos investimentos que fizeram, (incluindo na frota privada de viaturas de luxo e vivendas suntuosas), quem teve de pagar fui eu e você. No fim de contas nós é que somos o Estado. O Eng.44 apenas se apercebeu desta situação e roubou e mandou os amigos roubar quanto mais pôde.

  5. Tudo boa gente, todas com a escola toda, eu pergunto, quando estes vigaristas vão dentro?
    O partido sociualistas é pródigo em fornecer gente desta laia e que anda no governo muitos primos!

  6. Inferimos assim, pelo texto da notícia, que aqueles que deviam zelar pelo interesse do país, são exactamente os mesmos que, sistematicamente, “trabalham” para o levar à banca rota. Os silêncios, os segredos partilhados entre elementos da governação, vão deixando passar a ideia de que não há ninguém honesto, transparente e corajoso, capaz de resistir à onda de corrupção e mal-feitorias, que arrastam qualquer país para a cova.
    É por demais revoltante assistir de mãos atadas ao afundar de um país, principalmente quando nos dizem que um voto pode mudar tudo. Pobre povo infantilizado, utilizado apenas e só para pagar tudo aquilo que os eleitos democraticamente, roubam descaradamente.
    Para os inspectores de finanças, que diariamente perseguem cidadãos, que por alguma razão não têem as contas certas com o fisco, deve ser uma missão terrível de cumprir, pois sabem, como nós sabemos, que os grandes traficantes ficam de fora da obrigação “democrática” de pagar impostos e ninguém parece ser capaz de pôr fim a isso. O cidadão deve saber que tem de pagar por ele e por aqueles que não querem pagar.
    Quero acreditar que, no meio de tanto meliante e vigarista, possa aparecer um arrependido, cuja consciência já não seja capaz de aguentar mais e que, de uma vez por todas, denuncie quem tem de ser denunciado. Esta será a única maneira, uma vez que “todos” estão envolvidos. Desde o rés do chão, até ao ultimo andar.

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