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Três freiras e um padre suspeitos de escravizar noviças em Famalicão

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Os quatro foram constituídos arguidos por crimes de maus-tratos, rapto e escravidão contra noviças da Fraternidade Missionária Cristo Jovem, num convento em Requião, Famalicão.

As buscas realizadas esta quarta-feira às instalações do convento por uma equipa de inspetores da Policia Judiciária encontraram vários objetos usados para castigar e flagelar noviças da Fraternidade Missionária Cristo Jovem, avança o Jornal de Notícias.

Três freiras e um padre deste convento, situado em Requião, Famalicão, foram constituídos arguidos por suspeitas de maus-tratos, rapto e escravidão e vão ser ouvidos pelo Ministério Público na próxima segunda-feira.

Os maus tratos dados às noviças aconteciam quando estas desempenhavam mal as tarefas ou quando eram desobedientes. Além disso, as jovens não podiam abandonar a Fraternidade mesmo que o quisessem e eram impedidas de sair das instalações.

A situação veio a público quando três noviças conseguiram fugir do convento, denunciando a situação à diocese de Braga. Em declarações à imprensa, Ernesto Salgado, o advogado da Fraternidade, garantiu que as denúncias partiram de “três noviças em anos distintos”.

“Há dois anos, uma primeira noviça, e, no ano transato, duas noviças que não quiseram seguir a vocação”, adiantou.

Apesar disso, só agora é que o caso chegou à Justiça. Segundo os relatos das vítimas, estas eram obrigadas a trabalhos domésticos e a trabalho escravo nos campos da instituição. Quando faziam mal as tarefas, eram sujeitas a agressões à bofetada ou penitências como passar várias horas de joelhos.

ZAP

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