/

7 anos à espera. Trabalhadores da Marinha Grande também querem creche ao sábado

3

Knoxville Museum of Art / Flickr

É já desde 2011 que os trabalhadores da Marinha Grande, onde os fornos de vidro nunca podem parar, esperam por um creche 24 horas por dia, durante 7 dias da semana. Até agora, ainda não viram o seu problema ser resolvido.

O Observador avança que, à semelhança do que acontece na Autoeuropa, os trabalhadores da Marinha Grande também precisam de uma creche aos sábados.

A nova creche, destinada a solucionar uma necessidade de uma população maioritariamente fabril e que trabalha por turnos e ao fim de semana, deverá funcionar nas instalações da antiga fábrica de vidros IVIMA, que encerrou em 1999.

No entanto, as obras de requalificação daquele edifício ainda não arrancaram e a Segurança Social de Leiria ainda não está a equacionar a abertura em horário alargado ou ao fim de semana.

A promessa já acompanha os trabalhadores desde 2011, pela voz do então presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Álvaro Pereira, que anunciou que o antigo edifício da fábrica IVIMA, doado à autarquia, seria remodelado e cedido a instituições particulares de solidariedade social (IPSS), que lá iriam gerir serviços na área social, incluindo duas creches.

“Nas creches existirão lugares que vão funcionar 24 horas por dia uma vez que existem mães solteiras e mães que trabalham por turnos e achamos que será uma boa valência, tudo faremos para que se concretize”, disse Álvaro Pereira, citado numa notícia do Região de Leiria.

Quase sete anos depois, a creche ainda não existe, mas Cidália Ferreira, na altura vereadora com o pelouro da ação social, e que hoje assume o lugar de presidente dessa autarquia, continua a afirmar que esta ainda é uma prioridade da Marinha Grande.

“Essa é uma necessidade que temos, porque sabemos que muita da nossa população trabalhar por turnos. As fábricas de vidro, por exemplo, nunca podem parar. Nunca se podem desligar os fornos do vidro, por isso a laboração é 24 horas por dia, sete dias por semana”, explica a autarca.

O projeto continua parado porque, explica a autarca, ainda não foi possível garantir o financiamento da obra. “O ano de 2012 foi um ano de crise. Depois vão aparecendo outras prioridades, além dos atrasos nos projetos. Infelizmente, acabou por ainda não poder ser feito”, explica Cidália Ferreira. Mas a obra foi recentemente adjudicada a uma construtora, depois de no verão passado ter sido lançado um concurso público para o restauro do edifício. A obra está orçamentada em 426.593,38 euros.

A polémica em torno do financiamento das creches ao sábado começou na terça-feira, quando se soube que o Governo se preparava para pagar as creches ao sábado para os filhos dos trabalhadores da Autoeuropa que, devido à entrada em vigor do novo horário de trabalho já em fevereiro, vão ter de trabalhar nesse dia.

A decisão gerou polémica, por alegadamente estar a ser dado um apoio exclusivo àqueles trabalhadores, mas o Governo apressou-se a esclarecer que não se trata de um apoio novo nem exclusivo: trata-se do “complemento de horário de creche“, atribuído a todas as creches que tenham necessidades justificadas de expandir o seu horário de funcionamento.

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social argumentou, inclusivamente, com o facto de já existirem 953 creches em Portugal a receber este complemento.

ZAP //

3 Comments

  1. foi preciso chegar a um governo de extrema esquerda liderado por um oportunista…para que os trabalhadores sejam tratados com desigualdade….mais palavras para que?
    afinal cada dia que passa cai a mascara aos amigos dos trabalhadores….

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.