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Carro da Tesla ajuda o FBI a capturar homem suspeito de atear fogo em igreja

As câmaras de um Tesla ajudaram as autoridades a prender um homem suspeito de atear fogo numa igreja na cidade de Springfield, no estado de Massachusetts. A congregação foi atacada mais de uma vez em dezembro do ano passado.

O suspeito foi identificado como Dushko Vulchev e, caso seja condenado, pode passar várias décadas na prisão.

Vários documentos judiciais mostram que autoridades chegaram ao paradeiro de Vulchev através da análise de imagens de câmaras de um Tesla que estava parado perto do local dos incidentes.

Os Teslas são equipados com um recurso de “modo sentinela”. Quando este é ativado, o carro usa as suas câmaras externas para detetar ameaças.

Se a ameaça detetada for de baixo risco – como terá sido o caso, uma vez que o homem apenas se estava a encostar ao veículo – o carro irá exibir um aviso ao proprietário de que as câmaras estão a gravar as movimentações.

Caso a ameaça seja maior, as câmaras gravam e o carro começa a tocar música no volume máximo para alertar as pessoas que estiverem perto, além de notificar o dono do carro através de uma notificação no telemóvel.

Estes recursos foram úteis ao tentar capturar o homem que supostamente esteve envolvido numa série de crimes de ódio dirigidos à Igreja Presbiteriana da Comunidade Martin Luther King Jr. em Springfield, em Massachusetts.

“Com base no meu treino, experiência e investigação, estou ciente de que o Tesla mencionado é equipado com câmaras em vários pontos”, disse o agente do FBI que escreveu a denúncia. “Analisei todo o vídeo do Tesla que mostra um indivíduo, que posso identificar como Vulchev, a uma distância próxima do Tesla, a usar uma chave para remover as rodas”, acrescentou.

Segundo o IFL Science, o pastor e quase todos os fiéis da Igreja Presbiteriana da Comunidade Martin Luther King Jr. são negros, assim como as vítimas dos incidentes.

Após investigar os dispositivos pessoas de Dushko Vulchev, o FBI encontrou algumas mensagens que demonstram que o suspeito nutria ódio por negros.

Numa delas, enviada em dezembro, o Vulchev pedia que se eliminassem todos os negros, usando um termo pejorativo e ofensivo.

Agora, o suspeito será acusado de danos a propriedades religiosas e de uso de fogo para cometer um crime federal.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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