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Nova vida da TAP. Reestruturação vai passar por duas consultoras e um banco de investimento

A TAP vai contratar uma consultora de recursos humanos para fazer a avaliação dos gestores da empresa, para “apoiar” o processo de reestruturação, adiantou esta terça-feira o ministro das Infraestruturas.

“Haverá outra empresa de head hunting [consultora de recursos humanos], que não é contratada por nós, para fazer a avaliação das primeiras linhas da TAP, das segundas linhas, dos quadros da TAP, para percebermos quem são, que valências têm, que experiência têm, que competências têm”, disse aos jornalistas o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, à saída de uma audição na Assembleia da República.

O objetivo, esclareceu o governante, é o de conhecer a empresa, as pessoas e até as competências que já nela existem.

O ministro explicou ainda que é a própria TAP que está a fazer o processo de escolha da empresa consultora, bem como do banco de investimento.

Cabe ao Governo fazer a escolha da empresa que terá como função selecionar o novo presidente executivo (CEO) da TAP, que vai suceder a Antonoaldo Neves na liderança do grupo.

Questionado sobre se o futuro CEO da transportadora aérea poderá ser alguém que já pertence aos quadros da companhia, Pedro Nuno Santos não quis comentar.

O Conselho de Ministros aprovou na sexta-feira a concessão de um empréstimo de até 1.200 milhões de euros à TAP, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia.

“O Conselho de Ministros aprovou hoje, por via eletrónica, a concessão de um empréstimo à Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (TAP), no montante máximo de 1.200 milhões de euros, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia de 10 de junho de 2020, bem como as minutas dos respetivos contratos de financiamento e acordo complementar”, indicou, em comunicado, o Governo.

Além do empréstimo remunerado a favor do Grupo TAP de 946 milhões, ao qual poderão acrescer 254 milhões, sem que, contudo, o Estado se encontre vinculado à sua disponibilização, as negociações tinham em vista a aquisição, por parte do Estado Português, “de participações sociais, de direitos económicos e de uma parte das prestações acessórias da atual acionista da TAP SGPS, Atlantic Gateway, SGPS, Lda.”.

Desta forma, o Estado Português passa a deter uma participação social total de 72,5% e os correspondentes direitos económicos na TAP SGPS, pelo montante de 55 milhões de euros, referiu.

Com esta operação, estabelece-se “a transmissão de participações sociais representativas de 22,5% do capital social e dos direitos de voto na TAP SGPS, passando o Estado a deter uma participação social total de 72,5%, e os correspondentes direitos económicos, pelo montante de 55 milhões de euros”.

Depois de várias rondas negociais, TAP e Estado chegaram a acordo, que culminou na saída do acionista privado David Neeleman e ao reforço da quota pública. Com este acordo foi desbloqueada a injeção de 1.200 milhões de euros na empresa, fortemente afetada pela pandemia de covid-19.

ZAP // Lusa

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