A transportadora aérea easyJet informou que os custos devido à suspensão da operação em Gatwick, um dos aeroportos que serve Londres, devido à presença de drones, chegou quase aos 17 milhões de euros.
Em comunicado enviado à Bolsa de Londres, a companhia precisou ter destinado 11 milhões de euros em indemnizações para os passageiros e que perdeu 5,6 milhões de euros em bilhetes, no incidente registado em dezembro.
A easyJet precisou que o incidente afetou 82 mil passageiros e provocou o cancelamento de mais de 400 voos.
A pista única do aeroporto de Gatwick, o segundo mais importante do Reino Unido, esteve encerrada durante 36 horas entre 19 e 20 de dezembro, depois de registada a presença de drones.
Os dispositivos obrigaram a que os voos com destino a Gatwick tivessem de ser desviados para outras cidades e aeroportos, incluindo Paris e Amesterdão. Também os voos que tinham saída de Gatwick sofreram grandes atrasos.
O aeroporto tinha referido que mil voos de todas as companhias foram afetados pelo incidente, cujas consequências se fizeram sentir por três dias e atingiram 140 mil viajantes. Os drones estão proibidos de sobrevoar aeroportos e até um quilómetro de distância do seu perímetro.
Na divulgação as contas do último trimestre de 2018, a companhia aérea indicou ter transportado 21,6 milhões de passageiros, uma subida de 15,1%, na comparação homóloga, e que a faturação subiu 13,7% para 1.468 milhões de euros.
Sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, a companhia garantiu estar bem preparada para responder ao processo e que dispõe de 130 aviões registados na Áustria.
A companhia indicou que quer a União Europeia, quer o Reino Unido comprometeram-se a assegurar que os voos continuam a operar, a partir de 29 de março, mesmo se não houver um acordo.
ZAP // Lusa