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Surto envolto em “secretismo” em lar de luxo no Porto faz 16 mortos

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A informação sobre o surto na Residência do Montepio, no Porto, “circulava em circuito fechado”. Em 48 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, morreram 16 pessoas.

A Residência do Montepio, no Porto, registou 48 casos positivos, 29 utentes e 19 profissionais. O surto neste lar de luxo levou à morte de 16 pessoas, havendo ainda mais três pacientes internados no hospital, avança o jornal Público.

De acordo com o matutino, o surto foi envolto em “secretismo”, sendo que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte só divulgou os números após vários pedidos de informação.

O surto foi detetado no início de agosto e desde a semana passada que o jornal tenta obter informações para fazer um balanço. Finalmente, esta segunda-feira, a ARS divulgou os dados. Fonte do Hospital de Santo António, onde foram internados os infetados, deu conta que os mortos seriam todos utentes do lar de luxo.

O número de óbitos em utentes foi o mesmo que se verificou no lar de Reguengos de Monsaraz, embora neste caso a taxa de letalidade tenha sido bem maior: 55% em comparação com os 20% do lar de Évora.

A Residência do Montepio oferece aos idosos um ginásio, sala de cinema e música, biblioteca, entre outros.

“Atualmente podemos informar que a situação respondeu positivamente às medidas apertadas de controlo e mitigação implementadas pela empresa, encontrando-se em fase de normalização, de acordo com os planos de contingência em vigor”, esclareceu a empresa em resposta ao jornal Público.

No início do mês, a agência Lusa noticiou a subida do número de casos positivos de 44 para 46. Na altura, a ARS escreveu que o surto estava “controlado”. Até agora não tinha sido noticiado qualquer morte derivada deste surto envolto em secretismo.

O presidente da união de freguesias do centro histórico do Porto diz que a informação sobre o surto “circulava em circuito fechado”.

“Como autarca preocupa-me esta falta de informação numa instituição que deveria dar o exemplo. O lar está inserido numa zona habitacional e a comunidade está exposta sem saber”, disse António Fonseca.

ZAP //

15 Comments

  1. A culpa é nossa (povo português) que somos uns “morcões” que aceitamos tudo e não nos revoltamos. Devíamos fazer sentir a nossa indignação na rua. Na net somos os maiores. POBRE POVO!
    Grande classe politica que nos rouba tudo e nos rimos com eles. Só espero é que os jornalista não sejam morcões e revelem sempre a verdade.

      • nada a ver com o Lar… mas tem sim a ver – e muito! – com o que se publica na Imprensa e evidencia a forma como este país é (des)governado!… penso ter sido essa a ideia do comentário acima

      • “…mas tem sim a ver – e muito! – com o que se publica na Imprensa e evidencia a forma como este país é (des)governado!”
        O Costa tem a ver (“e muito!”) com o que se publica na Imprensa??
        Que raio de Impressa é essa e que país é esse??

    • Atenção que os portugueses não são todos como tu e os teus!…
      Pior, só mesmo os “revoltados” ignorantes – que nem sequer sabem o que estão a comentar!
      O que tem os “políticos” a ver com um lar de luxo??
      Os utentes do lar não se revoltaram… os familiares também não – portanto, só sobrou a “revolta” da carneirada indignada do Facebook!!
      Next!…

  2. Para não afetar o negócio do luxuoso lar convém saber guardar segredo, lamentável os que morreram, mas, por outro lado, felizmente que a morte não esquece ninguém nem olha a classes sociais.

  3. Para informar, que só estão a contabilizar os que foram para o hospital de Sto António, porque muitos deles, como o meu avô, foram para hospitais privados e faleceram, para informar também, que pelo menos um utente foi para o Sto Antonio, sem conhecimento da família, que só mais tarde foi informada pelo hospital e não pela instituição montepio.
    Investiguem bem, e os números reais, muito superior aos mencionados, irão surgir.
    Instituição de luxo, só mesmo pelos preços exorbitantes que praticam……

  4. Exactamente por ser um Lar de Luxo é que houve que manter segredo bem guardado, pois são bem pagos para manter o sigilo absoluto.
    Claramente muitos dos “clientes” não querem ver revelados os casos de alguma morte “muito natural” de um familiar, que originou uma oportuna herança de alguma pessoa de idade avançada, que não largava a vontade de se perpetuar nesta vida terrena.
    Vá-se lá saber o que está a acontecer um pouco por todos os lares deste país.
    Muitas “encomendas”, perdão, mortes “naturais” devidas a este vírus estarão a ocorrer e a provocar heranças “inesperadas” e “nada desejadas”, por cada cantinho deste mundo em pandemia.
    Pois, pois… Cala-te boca!

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