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Sócios do Sporting vão decidir em AG se Bruno de Carvalho continua suspenso

Miguel A. Lopes / Lusa

Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting

Os sócios do Sporting vão decidir no sábado em Assembleia Geral se Bruno de Carvalho vai permanecer suspenso, na apreciação do recurso do ex-presidente do clube.

Da ordem de trabalho para a reunião magna, marcada para as 14h30, no Pavilhão João Rocha, em Lisboa, constam oito pontos, todos de recursos das suspensões aplicadas pela Comissão de Fiscalização, em agosto.

Bruno de Carvalho contesta a suspensão de um ano, dispondo de 15 minutos na AG para argumentar, enquanto os outros membros da direção por si liderada, Alexandre Godinho, Carlos Vieira, José Quintela, Rui Caeiro e Luís Gestas, recorrem de penas de 10 meses de suspensão. Já Elsa Judas e Trindade Barros incorrem em expulsão de sócio.

A votação sobre os recursos dos visados vai ser decidida por maioria simples, ou seja, 50% mais um voto dos presentes na reunião magna.

A 2 de agosto, a Comissão de Fiscalização justificou a suspensão de um ano a Bruno de Carvalho, por ter sido “o principal artífice e responsável da situação grave e anti-estatutária criada” no clube. A CF admitiu a existência de “matéria suficiente” para aplicar a Bruno de Carvalho a “sanção mais grave prevista” no Sporting – expulsão de sócio -, mas optou por não o fazer por respeito “ao passado do clube”.

O presidente da Mesa da AG, Rogério Alves, assumiu o empenho do clube na salvaguarda da segurança dos participantes nesta reunião magna.

Bruno de Carvalho foi destituído da presidência do Sporting em AG, a 23 de junho, e impedido de concorrer às eleições do clube de Alvalade, das quais Frederico Varandas saiu como novo presidente.

O antigo líder leonino está ainda acusado pelo Ministério Público da autoria moral do ataque à Academia do clube, em Alcochete, em 15 de maio, sendo acusado de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes classificados como terrorismo, não quantificados.

Bruno de Carvalho chegou a ser detido a 11 de novembro, mas foi libertado quatro dias depois com uma caução de 70 mil euros e sujeito a apresentações diárias às autoridades.

Bruno de Carvalho não vai à AG

Bruno de Carvalho não vai à Assembleia Geral do Sporting. Fonte próxima do ex-presidente leonino explicou ao DN que, apesar da ausência, irá aproveitar os 15 minutos de discurso, pois irá mandatar alguém da sua confiança para ler um discurso escrito pelo próprio Bruno de Carvalho, naquela que serão na prática as suas alegações.

Esta é a estratégia que Bruno de Carvalho tem definida neste momento, embora a mesma fonte admita a possibilidade de ser alterada, caso algum facto que decorra até à hora da reunião magna o obrigue a marcar presença no pavilhão.

ZAP // Lusa

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