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PSD. Só 15,8% dos militantes poderiam votar se eleições diretas fossem hoje

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Tiago Petinga / Lusa

A dois meses das eleições diretas no PSD, há hoje perto de 17.000 militantes com quotas em dia, que podem ser pagas até 22 de dezembro, de acordo com informação disponibilizada online pelo partido.

Se as eleições diretas no PSD fossem hoje, só 15,8% dos militantes do partido poderiam votar. Segundo os dados divulgados esta terça-feira pela secretaria-geral o partido, dos 106.328 militantes ativos, só 16.812 têm a quota válida pata participarem na eleição do próximo líder. Isto significa que menos de 2 em cada 10 militantes podia participar.

O partido de Rui Rio decidiu divulgar estes dados para que todos os militantes possam controlar o volume de pagamento de quotas e, desta forma, o número de militantes com capacidade eleitoral.

No Twitter, Hugo Carneiro, secretário-geral adjunto do PSD, disse que, “pela primeira vez na história do partido”, é divulgado o número de militantes ativos, de quotas pagas, aderentes à nova aplicação do PSD e os pedidos de referência, estando tudo discriminado por distrital. “Transparência!“, conclui.

Segundo o Observador, o PSD informa ainda que recebeu mais de 10.000 pedidos de referência multibanco para pagar as quotas por SMS.

Luís Montenegro, principal adversário do atual líder do partido, defende que todos os militantes (os que têm as quotas pagas e os que não têm) deviam poder votar nas diretas de 11 de janeiro de 2020.

Se as eleições fossem hoje, as distritais tinham um número de militantes muito baixo para votar. Ainda de acordo com o matutino, desde que chegou à liderança do PSD que Rui Rio tem um plano para combater os caciques, tendo dificultado o pagamento de quotas por atacado. Durante a sua liderança, foi criado um sistema em que apenas o próprio militante, do seu telefone pessoal (ou do número fornecido junto do PSD) pode pedir a referência.

ZAP //

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