O ouro é um metal valios na indústria de tecnologia. Embora não seja o metal com melhor condutividade elétrica, a sua maleabilidade e resistência à corrosão tornam-no um ingrediente essencial para a longevidade do produto.
De acordo com o OneZero, as fabricantes de smartphones usam ouro para pins, relés e conectores – componentes esses que enviam sinais ou precisam de permanecer flexíveis durante a vida útil do dispositivo.
Nos iPhones, da Apple, há ouro nas câmaras, nas bobinas de carregamento sem fios e nas placas lógicas. A quantidade de ouro num iPhone é muito pequena, mas os números aumentam rapidamente.
“No iPhone XS, por exemplo, o ouro representa menos de 0,01% da massa total do produto” ou até 0,018 gramas, de acordo com o Relatório de Responsabilidade Ambiental de 2019 da Apple. Porém, a Apple vendeu quase 200 milhões de iPhones apenas em 2019.
“Grande parte da pegada material no telefone é o ouro”, disse Kyle Wiens, co-fundador da iFixit, referindo-se ao impacto ambiental excessivo do ouro de um iPhone em comparação com o seu peso.
Se não for reciclado, o ouro no seu iPhone poderá ser proveniente de uma mina num país em desenvolvimento e movido por uma série de fundições e refinarias. Cada uma dessas etapas produz desperdício e consome energia.
“Em média, a produção de um único anel de ouro deixa para trás 20 toneladas de resíduos de minas”, disse Payal Sampat, diretor do programa de mineração da Earthworks, uma organização sem fins lucrativos de ativismo ambiental. “Essa estatística é provavelmente mais de 30 a 40 toneladas de resíduos de minas”.
A mineração de poços e a lixiviação de cianeto – dois métodos comuns de mineração de ouro – destruíram centenas de milhares de hectares de habitat nas regiões com maior biodiversidade do mundo, incluindo a floresta amazónica.
A mina de ouro Lihir na Papua-Nova Guiné polui o Oceano Pacífico com mais de cinco milhões de toneladas de resíduos tóxicos com cianeto todos os anos. Da Roménia e Rússia a Gana, China e até ao Canadá, o despejo de barragens de minas de ouro envenenaram paisagens, causaram massivas mortes de peixes e danificaram os meios de subsistência das comunidades indígenas ao redor do mundo.
As operações de mineração de ouro têm um histórico de financiamento de conflitos armados. Em 2015, mais de metade das minas de ouro congolesas eram policiadas por combatentes armados.
Aproximadamente 80% dos mineiros artesanais no Congo trabalham em locais de ouro, que exibem significativamente mais presença armada do que qualquer outro tipo de mineração na região.
Especialistas acreditam que essas operações de mineração financiaram guerras na República Democrática do Congo entre 1996 e 2003, levando à morte de mais de cinco milhões de pessoas. Em resposta ao conflito, os Estados Unidos, a União Europeia e a China criaram regulamentos comerciais internacionais para impedir que as empresas adquiram minerais da República Democrática do Congo.
Aliás, secções do Dodd-Frank Act dos Estados Unidos, adicionadas durante o governo Obama, exigiam que as empresas norte-americanas de capital aberto divulgassem a sua fonte de minerais para garantir que não eram da República Democrática do Congo.
Por outro lado, o Dodd-Frank Act não abordou o comércio de minerais de conflito de todas as regiões. Muitas empresas ignoraram e continuaram a financiar conflitos noutras regiões como a Colômbia, onde a mineração ilegal de ouro superou a produção de cocaína como a principal fonte de financiamento para grupos do crime organizado e guerrilha.
Hoje, é difícil saber se o ouro do seu iPhone vem de zona de conflito, porque a Apple não publica um guia completo sobre a sua cadeia de suprimentos.
A Apple está a tentar contornar o problema do consumo de ouro através da reciclagem. Embora a empresa afirme que o seu objetivo final é criar uma cadeia de suprimentos circular, com os produtos da Apple a ser feitos apenas com materiais reciclados dos seus produtos antigos, a companhia continua a contar com o ouro extraído como a principal fonte dos seus produtos.
A Apple continua a obter a maior parte do seu ouro de países como a Colômbia, Peru, Venezuela e Brasil, onde a mineração de ouro envenena a terra, alimenta a corrupção, viola a soberania dos povos indígenas e financia grupos militantes.
Aqui está uma notícia de certo modo que dará para um sorriso amarelo. A alguns anos atrás antes da famosa globalização ter sido posta em prática era ver nos órgãos de comunicação europeus um ataque cerrado ás empresas, várias delas multinacionais que nos países asiáticos viviam à custa da exploração humana incluindo menores, avançaram para a globalização e de um dia para o outro acabou-se a crítica, não mais se ouviu falar do problema e neste caso irá acontecer a mesma situação porque o mundo ocidental se pôs de cocaras perante a China e os interesses de grandes multinacionais.
Cheios com 0,01%?!
Está boa…
Reportagem com erros de gramática e concordância gritantes, custa nada dar uma revisada antes.
“O ouro é um metal valiosa” Só nessa primeira frase já percebe-se o nível da reportagem.
Caro leitor,
Este artigo não é uma “reportagem”, é uma notícia. Em português correto, notícia, reportagem, crónica e entrevista são coisas diferentes. Além disso, em Portugal não se dá revisadas, faz-se uma revisão.
“Metal valiosa” é uma óbvia gralha, não é um erro de gramática ou de concordância. Obrigado pelo seu reparo, está corrigido.
Além desta gralha, não conseguimos descortinar qualquer erro gramatical ou de concordância no artigo. O único “erro gritante” que há nesta página é o “já percebe-se” no seu comentário – erro que não conseguimos saber se é uma questão de nível ou se é mesmo assim que se diz no seu idioma, que presumimos que seja o português do Brasil.