Manuel de Almeida / Lusa

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira
Em 2019, António Costa apostou em Pedro Siza Vieira para seu número dois, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital. Agora, é Mariana Vieira da Silva que consegue o estatuto formal de segunda governante na hierarquia.
O objetivo do primeiro-ministro em 2019 era dar peso político a Pedro Siza Vieira, o homem que se tornou seu amigo quando os dois eram estudantes na Faculdade de Direito de Lisboa.
Contudo, fontes contactadas pelo Público dizem que a decisão agora tomada por António Costa se prende com o facto de não ter gostado da “performance” do ministro.
Além disso, a saída do governante do elenco governativo não terá sido pacífica: Siza Vieira queria ter ficado no Executivo, mas Costa não quis e acabou por optar por Mariana Vieira da Silva.
Recorde-se que, em agosto passado, quando António Costa esteve de férias, foi Mariana a primeira-ministra em exercício, ocupando um cargo que costuma ser ocupado pelo segundo na hierarquia do Governo na ausência do primeiro-ministro.
Nessa quinzena, tanto o número dois Pedro Siza Vieira como o número três Augusto Santos Silva optaram por tirar férias ao mesmo tempo que o primeiro-ministro.
O ainda ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital ainda não quebrou o silêncio sobre a saída do Governo, nem referiu se tenciona retomar rapidamente a sua vida de advogado.
Ao contrário de Siza Vieira, Alexandra Leitão tornou público o seu desagrado com as opções de António Costa. A ministra que até aqui tutelava a pasta da Modernização do Estado e da Administração Pública foi o nome mais apontado para a da Justiça, mas o primeiro-ministro queria vê-la a liderar a bancada socialista nesta legislatura.
Leitão queria manter um cargo executivo, pelo que acabou por ficar sem nenhum dos dois.
Em declarações à Lusa, a ainda ministra confirmou que tinha recusado ser líder parlamentar do PS, indicando que gostaria muito mais de continuar no Governo.
“A principal razão [para não aceitar liderar a bancada socialista], a principalíssima razão, é considerar que o meu perfil é mais executivo, é nesse perfil que seria mais útil ao partido e ao Governo”, referiu. Não tendo nunca exercido o mandato de deputada, não tinha sentido aceitar ser líder parlamentar, argumentou ainda.
ZAP // Lusa
Esta senhora deu cabo dos colégios com contrato de associação e que arruinou a situação de muitos profissionais julgava que os infortúnios só tocavam a alguns. Muitos profissionais da educação passaram por dificuldades imensas por conta dela.Espero que em toda a sua vida ela venha a passar por muito daquilo que muitas famílias passaram. Pessoas que dedicaram uma vida inteira a desenvolver um projecto em benefício das comunidades e nos seus também, como é óbvio, viram-se de um dia para o outro com a vida suspensa. Ela ao menos tem a certeza que terá um novo “tacho” à sua espera.
Nada tenho contra os colégios privados mas com o meu dinheiro é que não.
Quem os quiser que os pague.
Acabou com o desmando do Nuno Crato e bem.
Caro senhor, o processo dos contratos de associação remonta os anos 80 e nasceram da necessidade do estado, incapaz de cumprir o preceito de assegurar a educação a todos os cidadãos encontrar uma parceria da sociedade. Quem investiu não o fez, como é óbvio e claro para todos, nem para subsidiar o estado nem para criar obras de filantropismos. O beneficiário final foram as populações que puderam encontrar uma solução para a educação dos seus filhos. O estado como pessoa de bem poderia dar o contrato por terminado mas através de um processo bem delineado que poderia prevenir a vaga de despedimentos que se seguiram ao radicalismo da revolucionária secretária de estado.
Conheço bem do que falo.
Os contratos de associação para responder a necessidades resultantes de insuficiência da cobertura da rede pública são bem vindos e apoiados.
Mas o que se passou com determinados governos, em particular com o de PPC, cujo ministro foi Nuno Crato, não foi isso. Foi criar contratos de associação com colégios desnecessários porque havia rede pública em muitos casos na mesma rua.
E isso teve um objectivo muito claro: desmantelar gradualmete a rede pública.
Isso para mim e, creio, a maioria dos portugueses, é inaceitável.
A rede privada tem o seu lugar na sociedade e pode concorrer com a rede pública onde e quando quiser, mas sem qualquer apoio do Estado. Mas podem/devem existir contratos de associação em locais onde a rede pública possa ser deficiente.
A não ser assim haveria duplicação de gastos públicos!
Quando fala em vaga de despedimentos pergunto: quando se faz um contrato que tem uma duração isso significa que dura para a vida toda?
Se os contratos foram rescindidos de forma ilegal, e sem respaldo jurídico, os tribunais são o sítio certo para dirimir tais questões.
Se continuassem a intensificar os contratos de associação, como aconteceria se o tal governo de má memória tivesse continuado, o que aconteceria com os professores do ensino público? Passaria o ensino público a ser excedentário em poucos anos!
E não vale a pena invocar pretensos ” radicalismos revolucionários” porque sei bem qual é a verdadeira razão para tais epítetos.
Por mim o assunto fica arrumado dado que defendemos interesses divergentes. Agora, se quer alimentar a discussão, é consigo…
Completamente de acordo – sem tirar nem pôr!!
“Projecto” em beneficio proprio sim, das “comunidades” deve ser para rir. O “crime” da Alexandra foi ter assegurado que, onde havia uma escola publica ao lado da tal privada, nao fazia sentido depauperar a escola publica e dar o dinheiro ao negocio (sim esses “projectos” eram negocios), mas onde nao havia escola publica, continuou a pagar a esses benemeritos dos “projectos”. O mais ridiculo foi quando esses senhores berraram que assim eram obrigados a fechar, ou seja, afinal a tal iniciativa privada mais nao fazia que mamar dos meus impostos, uma vez que sem eles, afinal nao havia negocio. Para estes senhores, o dinheiro dos impostos nao deve ir para satisfazer o acesso de todos a escola, mas sim para encher os bolsos do negocio privado. Sao uns grandes “investidores privados”, estes mamoes. Capitalistas… com o meu dinheiro, e o lucro para eles.
Na realidade, esta era uma das melhores do governo, senao a melhor e mais competente. Compare-se com a da saude que so’ sabia dizer banalidades e choramingar, e nao foi capaz de fazer nada, a nao ser papaguear o discurso da OMS, que tambem andou a dizer que as mascaras eram irrelevantes.
Mesmo que ela tivesse alguma razão na moderação que era preciso fazer-se, o processo foi totalmente errado e incompetente, tanto é que em alguns casos foi obrigada a dar o dito pelo não dito. O ódio ao que é privado não é uma política sensata. O que é acertado para um governante é resolver de forma adequada os problemas das populações. Foi a política dos contratos de associação que quebrou o ciclo da alimentação do analfabetismo e do absentismo. Ainda agora se viu durante a pandemia que todos aqueles paladinos do estado comunista vociferar pela ajuda do estado a tudo e mais alguma coisa: dinheiro dos impostos para os cafés, bares, discotecas, restaurantes e tudo o que mexia. As ideologias não devem vir à frente dos interesses das populações.
“Foi a política dos contratos de associação que quebrou o ciclo da alimentação do analfabetismo e do absentismo.”
Estamos em 2022; não em 1986…
Além disso, hoje continuam a existir contratos de associação – mas apenas onde são realmente necessários e não para transformar a educação básica num grande negócio para certos “amigos”…
Desculpe, se não sabe o que se passou, informe-se. Em todo o caso este já não é hoje o assunto. A dona senhora ficou amuada porque perdeu o lugar no governo e eu referi-me aos muitos que perderam um emprego.esta é a questão.
Não sei? Ok…
Aqui temos mais uma prova que ela fez um excelente trabalho!…
Obrigado por mostrares que a máfia dos colégios privados só sobrevivia à custa dos dinheiros públicos (e da falsificação das notas)!!
“Projetos para vida” desses qualquer um faz… e quanta menos vergonha, melhor…
Compreendo-o perfeitamente. Nos finais dos anos 80 Portugal não conseguia oferecer uma escola acessível a todos os portugueses, em especial, àqueles que viviam nas regiões mais deprimidas do país, o que fomentava o analfabetismo e o absentismo no país. Para algumas pessoas isso não lhes importava desde que os seus filhos nas zonas citadinas e nas regiões do litoral podiam se candidatar ao título de futuros doutores e engenheiros. Assim foi durante o Estado Novo de que alguns guardam saudades. Perante a impossibilidade do estado respeitar um dos seus mais importantes desideratos a escolha foi contratualizar com a iniciativa privada que obviamente não são benfeitores. Graças a isso milhões de cidadãos por esse país fora cumpriram os seus sonhos e encontraram na escola um elevador social. A ideologia nunca deve estar acima dos interesses das populações.
Como andei 5 anos num desses colégios privados acho que posso dizer alguma coisa sobre o assunto.
Foi no inico dos anos 90 e tinha, há mesma distância, uma escola pública (hoje há mais duas escolas publicas mais perto).
Na altura esse colégio privado não fazia falta (muito menos quando foi inaugurado, a meio dos anos 80) e foi apenas um negócio montado criado para ir buscar uns muitos milhões ao Estado.
Tinha más condições e metade dos professors eram tão bons que nunca teriam lugar numa escola publica (eram escolhidos pelo director entre amigos, conhecidos, etc, etc – não faziam falta concursos públicos)…
O dinheiro que foi dado a essa escola onde o Estado pagava mas não decidia nada (nem sabia o que lá se passava) deveria ter sido logo gasto diretamente pelo Estado na construção de uma escola publica nova!
Esse colégio foi contruído tipo uma cooperativa por um “artista” com a ajuda de vários empresários locais e 20 anos depois, o “director” do colégio já era o único dono do colégio e tornou-se mais rico de que todos esses empresários (e até comprou meia aldeia, incluindo terrenos aos empresários que o ajudaram a criar a escola)…
Quando a mama acabou (e, como referi antes, já existam mais duas escolas publicas novas mais perto e muito melhor equipadas), esse colégio tornou-se no que sempre deveria ter sido: um colégio privado onde quem quer, paga – e que não faz falta nenhuma à população em geral.
“Benfeitores” a criar escolas (etc) para receberam milhões do Estado sem qualquer controlo (e com notas inflacionadas para justificar a continuação da “mama”) fazem tanta falta como a fome…
Com isto não quero dizer que não haja casos em que se justificava (ou ainda se justifica) a existência desses contratos de associação.
Esta discussão já teve o seu tempo. Se nunca concordou não devia ter ido para lá. Conheço colégios desses que são a salvação de uma população e é desses que eu falo. Não falo de esquemas para alunos calões nem para profissionais-amigos. A política de terra queimada é política incompetente. Os princípios não se devem confundir com os processos. Quando os processos não estão corretos devem ser corrigidos sem nunca afetar os princípios.A minha questão hoje é o facto da dita senhora ter ficado abalada com a perda de um lugar no governo e nada mais.
Não deveria ter ido?!
Pois… eu bem disse aos meus pais, mas só porque eu tinha apenas 9 anos, eles não me deram ouvidos!…
Durantes anos, devido à propaganda da escola criada por gentes da terra, aquela escola “é que era”; só mais tarde é que as populações começaram a perceber o que se passa ali…
Como referi, estou de acordo que existam tal como a lei atual define: apenas onde fazem realmente falta.
Gostava de conhecer algum desses colégios que realmente fizeram a diferença…
Não sei se ela ficou abalada, sei que gostei do trabalho dela e que é melhor e mais competente do que Medina’s, e companhia…