Sitava também desconvoca greve de julho e agosto na Groundforce

Fernando Veludo / Lusa

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) anunciou, esta sexta-feira, que desconvocou a greve prevista na Groundforce, nos dias 30, 31 de julho e 1 de agosto, depois da confirmação da TAP do pagamento aos trabalhadores.

“Na sequência da reunião havida com o senhor ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e da posterior confirmação por parte da TAP do cumprimento imediato dos compromissos anunciados no comunicado do Ministério das Infraestruturas e Habitação, nomeadamente o pagamento dos subsídios de férias e das anuidades”, e com os “claros compromissos em relação à alteração do quadro acionista da empresa que julgamos indispensáveis para a estabilização e perenidade da SPdH/Groundforce, considera o Sitava estarem reunidas as condições mínimas necessárias para que as greves anunciadas sejam desconvocadas”, adiantou, em comunicado.

Para já, os sindicatos dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) e dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) mantêm os avisos prévios de greve em vigor para a Groundforce “até à data em que os pagamentos forem efetivamente concretizados, visto que num passado recente estes dois sindicatos já teriam chegado a acordo para o pagamento do subsídio de férias, tendo o mesmo sido recusado por parte de Alfredo Casimiro que, apesar das mudanças iminentes da estrutura acionista, à data de hoje ainda é o presidente do conselho de administração”, adiantaram, na quinta-feira.

Estas estruturas recordaram que “encontram-se emitidos avisos prévios de greve” para o final de julho e para o mês de agosto, incluindo greve total das 00h00 do dia 30 de julho até às 24h00 do dia 31 de agosto, prolongando-se ao trabalho suplementar até ao final do ano.

Pelo contrário, os sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e dos Economistas (SE) desconvocaram, na quinta-feira, a greve na Groundforce marcada para 31 de julho, 1 e 2 de agosto.

A Groundforce conta com cerca de 1600 trabalhadores sindicalizados, sendo o Sitava, com mais de mil, o sindicato com mais peso, seguido do STHA e do STTAMP.

Recorde-se que os trabalhadores da Groundforce cumpriram dois dias de greve no fim de semana passado, convocada pelo STHA, como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias” que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021. A paralisação levou ao cancelamento de centenas de voos, sobretudo no aeroporto de Lisboa.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.

ZAP // Lusa

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