“Nenhuma força policial tem competências necessárias” para substituir o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Este é o entendimento do sindicado dos inspetores, que promete “guerra” contra qualquer tentativa de “destruir” o SEF.
O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) decidiu adiar a greve agendada para este sábado devido às “recentes movimentações do primeiro-ministro” sobre a reestruturação do serviço.
O sindicato considera ainda que a PSP, a GNR e a Polícia Judiciária não têm condições para assumir as funções do SEF. “Tanto a PSP como a GNR como a própria Polícia Judiciária não têm nenhuma competência nestas matérias e, portanto, não as vão exercer devidamente durante longos anos, colocando em risco todo o know-how e a segurança do país”, justificou Acácio Pereira à TSF.
A greve tinha sido marcada em outubro no âmbito das reivindicações dos inspetores do SEF para o Orçamento de Estado para 2021, entretanto satisfeitas pelo Governo com o recrutamento de novos inspetores e a progressão na carreira de 50 profissionais do serviço de investigação e fiscalização.
No entanto, “as movimentações do primeiro-ministro que detetámos esta semana, no sentido de destruir o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, forçam-nos a não cancelar a greve, mas tão só a adiá-la para o momento em que as reais intenções de António Costa sejam desvendadas: nessa altura abriremos uma guerra total!“, disse Acácio Pereira.
O sindicato acusa o Governo de António Costa de estar “a fugir em frente” desde a demissão da anterior diretora nacional do SEF, Cristina Gatões.
“Em vez de se empenhar em reestruturar e reforçar o que de melhor se construiu em Portugal em termos de segurança depois do 25 de Abril, está a ceder ao facilitismo e a querer deitar fora a estrutura que em Portugal melhor assegura a segurança do país e dos estados da União Europeia, que melhor combate as redes de criminalidade transnacional e que mais defende as vítimas do tráfico de seres humanos”, acrescentou.
“Desmembrar o SEF é contra a tendência Europeia de especialização de polícias: quanto mais definido for o objeto da missão de cada polícia, melhor essa polícia a poderá desempenhar”, rematou o sindicalista.
ZAP // Lusa
Os nosso politicos “porreiros” arranjaram uma forma muito “inteligente” para dar cabo do SEF.
Lindo serviço que aí vem…
Fico siderado com a falta de visão que esta gente tem do futuro… ou então sabem bem o que fazem, isto é, sabem bem o que querem para o futuro.
Isto está um verdadeiro nojo. As expectativas estão muito más, sobretudo para a maioria da população.
è claro que vão surgir novas oportunidades…mas não serão para todos, apenas para um minoria. As pessoas foram convencidas que todos vão conseguir aproveitar essas novas oportunidades…mas é mentira.
E assim, devagarinho, vamos sendo todos lixados.
Quem se atreve a dizer o contrário é logo alvo de tentativas de humilhação e vexame, através de acusações de racismo, xenofobia, louco conspiracionismo e coisas assim.
Estamos entregues à bicharada…pelo menos a maioria de nós está…é cada um por si…
Foram os próprios inspectores do SEF que destruiram o SEF com a sua corrupção e violência, os políticos só estão a dar o golpe de misericórdia.
Antes de haver SEF já se controlavam as fronteiras e os estrangeiros, e quando o SEF desaparecer vamos continuar a controlar as fronteiras e os estrangeiros na mesma, ou se calhar até melhor, se os antigos inspectores do SEF não forem transferidos para a força de segurança que substituirá o SEF.