O fotógrafo egípcio Mahmoud Abu Zeid, detido em agosto de 2013 quando cobria uma manifestação na Praça Rabaa Al Adawiya, no Cairo, foi condenado a cinco anos de prisão depois de cinco anos detido sem julgamento.
Mahmoud Abu Zeid, conhecido pelo pseudónimo Shawkan, foi acusado de tentativa de homicídio e de pertencer a um grupo terrorista e em 2017 o gabinete do procurador solicitou a pena de morte.
Em abril, a UNESCO – Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura – atribuiu a Shawkan prémio anual de liberdade de imprensa Guillermo Cano.
Em comunicado para anunciar o prémio, a UNESCO enfatizou, na altura, que a detenção de Abu Zeid foi qualificada como arbitrária e contrária aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos pelo Grupo de trabalho da ONU sobre esta questão.
A presidente do júri, María Ressa, disse que, ao conceder este prémio ao fotógrafo egípcio, queria “honrar a sua coragem, resistência e o seu compromisso com a liberdade de expressão”.
A cerimónia de entrega foi no Gana, no dia 2 de maio, durante as comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que este ano é intitulado “Média, Justiça e o Estado de Direito: os contrapoderes do poder”.
O prémio de 25 mil dólares foi batizado em homenagem ao jornalista colombiano Guillermo Cano Isaza, assassinado em 17 de dezembro de 1986, em frente ao seu jornal, El Espectador, em Bogotá.
Shawkan foi preso em 14 de agosto de 2013, quando cobria uma manifestação na Praça Rabaa Al Adawiya, no Cairo.
ZAP // Lusa