FC Porto regressou aos triunfos na Liga NOS e logo em grande estilo.
Na visita ao Vitória de Setúbal, os “dragões” golearam por 5-0, num jogo sem história e de sentido único, e no qual Vincent Aboubakar brilhou a grande altura, graças a um “hat-trick” e a uma assistência para um dos dois tentos de Moussa Marega.
O Jogo explicado em Números
- Vitória atrevido, com dois remates, um enquadrado, nos primeiros dez minutos, contra apenas um (com má direcção) dos portistas. Porém, nesta fase os visitantes registavam impressionantes 81% de posse de bola.
- O domínio total dos “dragões” acabaria, inevitavelmente, por virar do avesso a questão dos remates e, aos 20 minutos, já os comandados de Sérgio Conceição estavam por cima nesta variável, com quatro disparos, apenas um enquadrado, é certo, este da autoria de Aboubakar.
- Aos 23 minutos, Brahimi isolou-se, numa ocasião flagrante criada por um passe de Aboubakar, mas o argelino permitiu a defesa de Cristiano. Só que aos 31 minutos, o próprio Aboubakar não desperdiçou e abriu o activo, ao desviar ao primeiro poste, de cabeça, um canto da esquerda.
- O tento portista surgiu ao sétimo remate, terceiro enquadrado, tendo os “dragões” 78% de posse de bola nesta fase e cinco cantos, contra nenhum do Vitória. Os sadinos não passavam dos 57% de eficácia de passe, o que explica incapacidade para manter a posse do esférico.
- Aos 40 minutos surgiu o segundo do Porto, numa jogada confusa com Aboubakar a obrigar Cristiano a grande defesa, Alex Telles a acertar no poste e a bola a chegar a Marega, que só teve de encostar. E já nos descontos do primeiro tempo, Aboubakar fez o 3-0, de penálti, após Vasco Fernandes carregar em falta o camaronês na grande área.
- Vantagem natural do Porto ao intervalo, e expressiva, reflexo do que se passou em campo nos primeiros 45 minutos. Os “dragões” chegaram ao descanso com 12 remates, sete enquadrados, cinco ocasiões flagrantes criadas, 21 vezes a bola colocada na grande área sadina e 77% de posse de bola.
- Os da casa até começaram bem, mas não passavam dos cinco disparos, dois com boa direcção e nenhuma ocasião flagrante. O melhor em campo nesta fase era Aboubakar.
- O camaronês bisou em cinco remates, quatro deles enquadrados, criou uma ocasião flagrante e foi sobre ele a falta que deu o penálti – GoalPoint Rating de 7.7.
- Primeiros 15 minutos do segundo tempo algo incaracterísticos. O Porto garantia 70% de posse nesta fase, mas só se registou um remate, e para o Vitória, desenquadrado. De resto, futebol confuso e sem grandes ideias.
- Mas Marega inventou espaço na direita, passou dois adversários na grande área e serviu Aboubakar para o 4-0, passados 69 minutos de jogo. Foi o 13º remate portista, oitavo enquadrado, mas apenas o primeiro disparo dos “dragões” desde o descanso.
- Belíssimo jogo de Danilo Pereira. O “trinco”, apesar de discreto, chegou aos 80 minutos com um rating de 6.6, fruto de dez recuperações de posse, 92% de eficácia de passe, três desarmes e três intercepções.
- Mas o jogo era de Marega e Aboubakar, desta feita com o camaronês a isolar o maliano e este a não desperdiçar, com um toque subtil sobre Cristiano a fazer o 5-0.
O Homem do Jogo
Jogo tremendo de Aboubakar. O camaronês esteve imparável perante uma defensa do Vitória muito frágil. O ponta-de-lança fez três golos, um deles na sequência de uma grande penalidade cometida sobre o próprio, e ainda realizou uma assistência.
Fez também seis remates, cinco enquadrados e dois passes para finalização. Uma exibição para recordar que lhe valeram GoalPoint Rating de 9.0, o quarto melhor desta Liga NOS (dos três acima, dois foram de jogadores do FC Porto).
Jogadores em foco
- Moussa Marega 7.8 – O maliano foi a muleta perfeita de Aboubakar. Lutador, poderoso fisicamente, marcou dois golos e fez a assistência para um dos tentos do camaronês.
- Danilo Pereira 6.6 – O “trinco” foi fundamental nesta partida. Discreto a atacar (um remate, enquadrado, e um passe para finalização), terminou com 92% de eficácia de passe, recuperou dez vezes a bola e registou sete acções ofensivas.
- Ricardo Pereira 6.4 – Desta feita o jovem português jogou à frente de Maxi Pereira, a médio, e não desiludiu. Fez um passe para finalização, um cruzamento eficaz em duas tentativas, teve sucesso em duas de três tentativas de drible e realizou três desarmes.
- Cristiano 6.1 – Apesar da goleada, o melhor dos sadinos foi o seu guarda-redes. Cristiano realizou quatro defesas, três a remates de dentro da grande área.
- Vasco Fernandes 3.6 – Jogo para esquecer do central sadino. Concedeu três cantos, cometeu uma grande penalidade e o melhor que fez defensivamente foram quatro alívios.
Resumo
// GoalPoint
Aqui já não houve problemas com o VAR pois não?… Só são maus quando se perde (pontos)…