A Brave Generation Academy é um novo projecto de ensino que assenta no “conhecimento” acima de tudo, num modelo de aprendizagem que foge aos cânones tradicionais.
Esta é uma escola que não é bem uma escola, pelo menos quando consideramos aquele que é o modelo mais habitual. Na Brave Generation Academy (BGA), não há horários rígidos, nem professores ou sequer alunos naquela concepção tradicional do termo.
Os alunos são “learners”, ou seja, aprendizes, e os professores são “learning coaches”, ou seja, algo como “treinadores de ensino”.
Além disso, não há programas rígidos e os alunos podem escolher aquilo que querem estudar. “O ensino tem de ser 100% focado no aluno“, explica ao Público o fundador da BGA, o empresário sul-africano Tim Vieira que é luso-descendente.
Há BGAs espalhadas por vários países do mundo. Em Portugal, existem 36 e há 21 em países como África do Sul, Moçambique, Namíbia, Espanha e Reino Unido, entre outros, como nota o Público.
A escola inclui planos de ensino para alunos dos 12 aos 18 anos, finalizando com os chamados “A-levels”, ou seja, os exames finais para conclusão do Ensino Secundário e entrada no Ensino Superior.
A avaliação é feita através desses exames finais ou de avaliações mensais, mas num sistema menos rígido do que o tradicional – menos focado na nota e mais no que o aluno aprendeu antes de seguir para o próximo módulo, como explica Tim Vieira.
“O conhecimento está na base, é ele que abre portas para o futuro”, nota o empresário ao Público.
Com uma mensalidade de 450 euros, a BGA segue o Currículo Internacional Britânico e tem por base um modelo de ensino que assenta no “conhecimento”, nas “capacidades/habilidades” e na “comunidade”, segundo nota Tim Vieira.
“Revolucionar o ensino”
No site da BGA realça-se que o projeto pretende “revolucionar o ensino”, preparando as crianças para serem “pensadores autónomos num mundo em rápida mudança”.
O objetivo é “fornecer a cada aprendiz uma educação especializada e holística“, nota-se ainda. Assim, os alunos podem “estudar o que querem”, o que abre espaço “para, realmente, descobrirem as suas paixões”, vinca-se também.
Deste modo, os estudantes podem desenvolver capacidades quer queiram “entrar em universidades prestigiadas, tornar-se músicos de sucesso, treinar para serem atletas olímpicos ou serem gestores das suas próprias start-ups”, conclui-se no site da BGA.
Além das actividades lectivas, que incluem temáticas como Português e Matemática, entre outras, há também clubes dedicados a várias áreas, como fotografia, artes ou negócios, que permitem aos alunos desenvolverem outras capacidades para além das académicas.
“Temos de aprender coisas diferentes, temos de ir atrás daquilo do que gostamos e não apenas focar naquilo em que somos fracos, mas antes naquilo em que somos bons para ficarmos ainda melhores. É assim que somos notados no mundo”, explica ao Público Tim Vieira.
Mas a BGA também incentiva os alunos a integrarem projectos de voluntariado. Um dos que está no activo passa por dar aulas de Português a refugiados do Afeganistão.
Muito bonito, no papel!
Há 25 anos, em The Road Ahed, Bill Gates propunha mais ou menos o mesmo. Uma escola sem professores, em que os alunos aprendiam pela tecnologia apenas aquilo que é realmente importante para eles e que isto faria deles pessoas de sucesso.
Aluno que fui (e seu eu fui santo…), Professor que sou, com o devido respeito, não vejo nada de bom nisto… Mas isso sou eu: um Professor do sistema, preocupado com o seu “tachinho” e em nada com os alunos.
Apenas uma pergunta: se cada um fizesse o que quer, o que seria da sociedade? Quem recolheria o lixo, quem pescava, quem assentaria asfalto e calçada, quem iria limpar quartos em hotéis, ou servir bicas nos cafés? Parece-me que que é mais um instrumento para fomentar as desigualdades e não o sucesso colectivo
Já ouviu falar na Escola da Ponte em Famalicão??? Parece que o “tachinho” realmente lhe prevalece!
É uma opinião que respeito.
Mas, por favor, responda-me às questões que deixei.,
Este artigo devia talvez qualificar como publicidade paga.
Aprendam que em Portugal já se fez isso com grande sucesso escolar – nada que não acontecesse – exactamente assim – há anos na Escola da Ponte em Famalicão!!!
450€ por mês e decidimos tudo, o que queremos fazer, aprender ou treinar. Talvez não tenha percebido o conceito, mas cheira-me a banha da cobra.