Do início do ano a 30 de setembro, o Instituto da Segurança Social (ISS) fez 508 ações de fiscalização a equipamentos na área dos idosos, resultando em 93 encerramentos. Ou seja, fechou portas, em média, a dez lares por mês que operavam em condições ilegais.
Segundo avançou o Expresso, citando o Jornal de Notícias, a Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos (ALI) estima que entre 30 a 35 mil idosos vivam em lares ilegais, muitos destes concentrados na Área Metropolitana de Lisboa, entre Sesimbra e Sintra. “Há zonas do país onde há lar ilegal casa sim, casa sim”, disse João Ferreira, presidente da ALI.
Segundo João Ferreira, a Segurança Social ignora a existência de muitos lares ilegais porque não tem resposta para os utentes em lares legais. “O que acontece quando um lar deste tipo é encerrado por razões administrativas, sem que a Segurança Social encontre indícios de maus-tratos, é a deslocalização dos serviços para uma outra casa”, denunciou.
“Os 30 dias que a Segurança Social dá para o encerramento de um espaço é mais que tempo para o proprietário arrendar uma outra casa e colocar lá os idosos, cujas famílias não têm capacidades financeiras para suportar os custos de um lar legal, muitas vezes sem vaga”, atirou ainda o presidente da ALI.