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Secretário interino da Segurança Interna demite-se. Invasão do Capitólio faz 3.ª baixa no Governo dos EUA

the_dialogue / Flickr

O secretário da Segurança Interna dos Estados Unidos da América, Chad Wolf

O secretário interino da Segurança Interna, Chad Wolf, demitiu-se após ter exigido ao Presidente Donald Trump que condenasse os invasores do Capitólio. 

Chad F. Wolf, secretário da Segurança Interna dos Estados Unidos da América, renunciou ao cargo esta segunda-feira, nove dias antes de coordenar a segurança de uma posse presidencial que enfrenta sérias ameaças de violência, avança o The New York Times.

O responsável é o terceiro membro da Administração Trump a renunciar após o ataque ao Capitólio, depois das secretárias dos Transportes, Elaine Chao, e da Educação, Betsy DeVos, na semana passada. Conselheiros presidenciais e outros funcionários da Casa Branca também se demitiram na sequência da invasão.

É com tristeza que tomo esta medida, pois era minha intenção servir o departamento até ao fim desta Administração”, escreveu Chad Wolf, num email dirigido aos funcionários do departamento de Segurança Interna.

Entre outros motivos – como uma sentença judicial que, há dois meses, considerou a sua nomeação por Donald Trump ilegal – atribui a sua decisão aos “acontecimentos recentes”.

Na mensagem, Wolf afirmou a inteção de ficar no cargo até à tomada de posse de Joe Biden, a 20 de janeiro. A sua saída acontece num momento crítico, uma vez que a cerimónia de investidura do Presidente eleito no Capitólio está a ser preparada sob um forte dispositivo de segurança.

A 20 de janeiro, o cargo passará a ser ocupado por Alejandro Mayorga, o primeiro norte-americano de origem latina a assumir a pasta que já foi vice-secretário do mesmo departamento durante o segundo mandato de Barack Obama. Até dia 20, as funções serão asseguradas por Pete Gaynor, que liderava a Agência Federal de Gestão de Emergências.

Melania Trump quebra o silêncio: “Condeno em absoluto”

Quatro dias depois o ataque ao Capitólio, Melania Trump quebrou o silêncio e emitiu uma declaração na qual condena o sucedido.

No comunicado, publicado no site Casa Branca, lê-se que Melania está “desiludida e desapontada com o que aconteceu na semana passada”. Quanto às críticas que lhe têm sido apontadas, nomeadamente por estar numa sessão fotográfica durante a invasão do Capitólio e por não ter feito qualquer comentário sobre o sucedido, são “vergonhosas”.

“Considero vergonhoso que, em torno destes trágicos acontecimentos, tenha havido fofocas, ataques pessoais injustificados e falsas acusações sobre mim – de pessoas que procuram ser relevantes e ter uma agenda. Desta vez, é para recuperar o nosso país e os seus cidadãos. Não deve ser utilizado para ganho pessoal”, lê-se.

Não se enganem, condeno em absoluto a violência que ocorreu no Capitólio da nossa Nação. A violência nunca é aceitável”, sublinhou a mulher do ainda Presidente dos Estados Unidos.

“Imploro às pessoas que parem com a violência, nunca façam suposições baseadas na cor da pele ou utilizem ideologias políticas diferentes como base para a agressão e a malícia. Devemos ouvir-nos uns aos outros, focarmo-nos naquilo que nos une, e erguer-nos ao que nos divide”, acrescentou.

Liliana Malainho, ZAP //

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