“Dos cerca de 40 mil internautas que participaram nesta votação, 26,8% escolheram [saudade], vocábulo tantas vezes associado à alma dos portugueses“, disse a Porto Editora, responsável pela iniciativa desde 2009.
A votação em “Saudade” superou as de “covid-19” e “pandemia”, que se juntaram ao pódio, segundo um comunicado enviado à agência Lusa.
“Covid-19” ficou em segundo lugar, não muito distante, com 24,4% e a palavra “pandemia” ficou em terceiro, com 17,03%.
Fora do pódio ficaram “confinamento”, que conquistou 16,23% dos votos online, seguida de “zaragatoa” (7%), “telescola” (2,58%), “discriminação” (1,85%), “infodemia” (1,59%), “digitalização” (1,33 %) e, em último lugar, “sem-abrigo” (1,16 %).
Esta foi a 12.ª edição da “Palavra do Ano”, iniciativa da Porto Editora que tem como principal objetivo sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação e redes sociais, como no registo de consultas online e mobile dos dicionários da Porto Editora
A lista de palavras, cuja votação online decorreu entre 1 e 31 de dezembro, foi construída com base “nas pesquisas efetuadas no Dicionário da Língua Portuguesa, em www.infopedia.pt, no trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora”, e nas sugestões feitas através do site www.palavradoano.pt, explica o grupo editorial.
Na edição deste ano, segundo a Porto Editora, houve mais 10 mil votantes do que no ano passado. A votação em Portugal decorreu em simultâneo com as de Angola e Moçambique, promovidas pela Plural Editores, do Grupo Porto Editora, que divulgará mais tarde os respetivos resultados.
“Saudade”, escolhida em 2020, sucede a “violência [doméstica]” (2019) a “enfermeiro” (2018), “incêndios” (2017), “geringonça” (2016), “refugiado” (2015), “corrupção” (2014), “bombeiro” (2013), “entroikado” (2012), “austeridade” (2011), “vuvuzela” (2010) e “esmiuçar” (2009).
Sofia Teixeira Santos, ZAP // Lusa
E eu sou o Pai Natal!