A palavra, que passou a ser usada para designar a maioria de esquerda que apoia o Governo, liderou a votação desde o início, embora na reta final “campeão” se tenha “aproximado significativamente” da eleita.
“Geringonça” foi eleita a Palavra do Ano, tendo arrecadado 35% dos cerca de 28 mil votos expressos, anunciou esta manhã a Porto Editora, promotora do evento.
No segundo lugar, com 29%, ficou o vocábulo “campeão” e, em terceiro, com 8%, “Brexit”, seguindo-se, ex-aequo, “parentalidade” e “presidente”, com 6%, depois “turismo”, “racismo” e “humanista”, com 4% cada, “empoderamento”, com 3%, e, finalmente, com 1%, “microcefalia”.
A palavra “geringonça” liderou desde o início a votação, embora na reta final “campeão” se tenha “aproximado significativamente” da eleita, disse à agência Lusa fonte editorial.
O vocábulo tem origem numa reação do antigo líder do CDS-PP, Paulo Portas, à formação do atual Governo, liderado por António Costa, e passou a ser usado para designar a maioria de esquerda no Parlamento (PS / Bloco de Esquerda / PCP e Os Verdes), que apoia o executivo.
Quanto a “campeão”, a escolha está relacionada com a vitória de Portugal, pela primeira vez, no campeonato europeu de futebol, em julho do ano passado, ao vencer a França, em Paris, na final da 15.ª edição do campeonato da UEFA.
“Brexit” é uma palavra que surgiu associada à saída do Reino Unido da UE, em resultado do referendo realizado naquele país, em junho do ano passado.
O termo entrou, em dezembro, no dicionário de inglês de Oxford, considerado a obra de referência sobre a evolução da língua inglesa. O Oxford English Dictionary define “brexit” como a “retirada [proposta] do Reino Unido da União Europeia e o processo político associado” a este processo.
A Palavra do Ano está a ser anunciada na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, nos arredores de Lisboa.
Nesta oitava edição participaram cerca de 28 mil cibernautas, ultrapassando os cerca de 20 mil votantes do ano passado.
As palavras eleitas nas edições anteriores foram “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014) e “refugiado” (2015).
// Lusa
Dos “35% dos cerca de 28 mil votos expressos”, 99% são de direita. A palavra que o Portas “inventou” acentuou o total desprezo e desrrespeito pela Constituição e a Assembleia. Só chama essa palavra quem não está no poder. Sim, porque, quando estavam no poder, o “casalinho” não era uma… Noutras palavras, só é uma… quando é de esquerda. Quando é de direita é uma coligação.