Palavra do Ano 2019 em Portugal é “Violência [doméstica]”

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Tânia Rêgo / Agência Brasil

“Violência [doméstica]” é a palavra do ano escolhida pelos portugueses numa votação online, anunciou, esta segunda-feira, a promotora da iniciativa.

“Violência [doméstica]” recolheu 27,7% dos mais de 20 mil votos registados, divulgou a Porto Editora. A escolha é justificada “em consequência dos inúmeros casos que foram sendo conhecidos ao longo do ano e que, infelizmente, resultaram em vítimas mortais — de acordo com notícias recentes, foram 35 mulheres, homens e crianças assassinados em Portugal no contexto de violência doméstica só no ano passado”.

Em segundo lugar, a apenas uma décima de distância ficou a palavra “sustentabilidade”, que “liderou a votação desde o início até praticamente o final da votação, ficando assim notória a crescente preocupação que o tema da sustentabilidade desperta na sociedade portuguesa perante as sérias ameaças que pendem sobre a vida coletiva em consequência das alterações climáticas”, segundo comunicado da editora.

Outro tema “que não passou ao lado dos portugueses é o problema da difusão de informações falsas através das redes sociais”: “desinformação” ficou em terceiro lugar com 13,8% dos votos.

A divulgação dos resultados da votação da “Palavra do Ano”, que esteve online durante o mês de dezembro, foi feita esta manhã pela Porto Editora, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, nos arredores de Lisboa.

Aos três primeiros lugares, sucederam-se por ordem decrescente os termos “jerricã” com 7,5%, “nepotismo” com 5,7%, “seca”, com 4,3%, “trotinete”, com 4,2%, “lítio”, com 4,2%, “influenciador”, com 4%, e, em último lugar, “multipartidarismo” (1%).

A iniciativa teve a sua primeira edição em 2009, quando foi escolhido o termo “esmiuçar”. A lista das palavras vencedoras é a seguinte: “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014), “refugiado” (2015), “geringonça” (2016), “incêndios” (2017), e “enfermeiro” (2018).

“Palavra do Ano” é uma iniciativa promovida pela Porto Editora que tem como objetivo sublinhar o poder das palavras, refletindo o quotidiano da sociedade portuguesa em cada ano, “os factos, os hábitos, os acontecimentos, as tendências e as preocupações coletivas”.

// Lusa

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1 Comment

  1. Pensava que era cravos.
    Vendo a violência deste povo, pensava que a revolução também o seria, daí a relação entre liberdade e as flores vermelhas.

    Mas não. A única coisa que prevalece, é a mensagem de mentira que este país não está sob a troika, que austeridade acabou, que os jovens educados têm empregos e que não há necessidade de emigrar para ter uma vida digna neste país.

    Deve ser por isto e por outras que este povo TÃO sereno, descarrega em casa, na mulher ou familiares chegados.
    Isto é só provas dadas da passividade dos portugueses, da capacidade de escolher um futuro próspero e de tomarem sempre as melhores decisões…

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