Santana Lopes antevê presidenciais de 2026: “Vou independentemente de quem esteja na linha de partida”

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Na semana em que saiu da liderança do partido do qual foi criador – o Aliança – Pedro Santana Lopes deixou claro que este não é o fim da linha na sua vida política, e relembra que há um cargo político que ainda não ocupou: o de Presidente.

Na semana passada, numa entrevista que concedeu à TVI24, Santana Lopes afirmou que “as carreiras políticas só acabam quando desistimos de lutar pelo nosso país”, acrescentando que a sua decisão teve como fundamento aquilo que “a consciência me ditava. Às vezes fazemos isso e corre bem, às vezes fazemos isso não corre bem”.

Agora, numa entrevista ao Observador, o ex-primeiro ministro garantiu que não vai baixar os braços. “Tão depressa se está em cima como se está em baixo. Portanto, o fim não é de certeza”, referindo-se à sua continuidade na política.

O ex primeiro-ministro assume que a criação do Aliança foi uma estratégia falhada, mas não se culpabiliza e considera que: “Fiz aquilo que devia fazer. Agora espero que o Aliança encontre um rumo novo. Se há coisa que aprendi nesta experiência é que as pessoas não gostam e não votam num partido que tem um líder que teve muitos anos conotado com outra força política”, remetendo assim aos tempos em que esteve no PSD.

Ainda assim, e apesar de apontar algumas falhas, recusa-se a voltar ao PSD. “Neste momento, excluo voltar ao PSD”.

Quanto à Presidência da República, Santana Lopes não esconde o brilho. Numa altura em que o país se encontra prestes a decidir quem será o seu representante dos próximos 5 anos, o fundador do Aliança antecipa-se para 2026: “Do ponto de vista político, não há nada que me impeça. Não me excluo de nada”, garante.

Santana Lopes deixa o aviso, daquela que pode ser uma antecipação do que vai acontecer daqui a cinco anos. “Acho que vocês já me vão conhecendo: quando vou, normalmente não olho para o lado; vou independentemente de quem esteja na linha de partida”, referindo-se a possíveis candidatos que poderá ter que enfrentar caso se candidate a Belém.

Em relação à presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, assume que “nunca pensei que houvesse tanto isto desta parte mais afetiva dele, pessoal, das selfies. Nunca pensei que ele fosse tanto por aí”, e garante que nunca teve dúvidas “que ele se ia dar bem com o Governo. Que ele ia irritar a direita também não tinha dúvidas. Sempre vi Marcelo irritar a direita, irritar o PSD durante décadas”, referiu ao Observador.

Para já, Santana Lopes ainda não escolheu quem é o candidato que vai apoiar nas próximas eleições presidenciais. Questionado se vai estar do lado de Marcelo Rebelo de Sousa, revela que ainda não sabe. “Quero ouvir o próprio quando apresentar a sua candidatura”, afirmou.

António Costa também foi tema de conversa durante a entrevista que concedeu ao Observador. Santana Lopes mostra-se em concordância com a opinião de Marques Mendes e considera que “é natural que seja difícil que esta legislatura chegue até ao final. Até porque é uma legislatura excecional com a pandemia. É muito mais duro, terá muito mais consequências do que as pessoas pensam. O primeiro-ministro deve senti-lo”.

Neste contexto, o ex-membro do PSD não põe de parte a hipótese de Rui Rio se tornar o próximo primeiro-ministro de Portugal, uma vez que “o líder da oposição, por definição, tem sempre hipóteses de ser primeiro-ministro, mesmo que só diga bom dia todos os dias. Ou dia sim, dia não”, considerando ainda que Rio “é igual a ele próprio”.

Relativamente ao panorama político português, Santana Lopes revelou que está preocupado com a sobrevivência do CDS, pois “é um partido importante na democracia portuguesa”. Quanto ao Chega diz que vai esperar para ver a conduta que o partido vai tomar nos próximos tempos. “Vamos ver se o Chega se modera ou se se radicaliza”, rematou.

ZAP //

3 Comments

  1. Este Santana Lopes quer é poleiro não passa de um mafioso oportunista nunca fez nada na vida senão viver dos nossos impostos.

  2. Santana Lopes é um futuro vencedor com muita possibilidade de ter maioria absoluta. Cada vez mais os políticos emergem dos partidos e os falhanços são mais que evidentes como é conhecido dos cidadãos.

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