Em entrevista à TVI24, Santana Lopes referiu que a saída do Aliança não é o fim da sua carreira política, ainda assim recusa um regresso ao PSD. O ex- primeiro-ministro assume as ligações à direita, mas salienta que nunca se juntaria aos extremismos de Ventura.
Pedro Santana Lopes confirmou que a saída do Aliança, partido que fundou e liderou até este fim de semana, não é o fim da sua carreira política. Contudo, refere que a sua continuidade na vida política não passa pelo PSD.
Na entrevista que concedeu à TVI24, afirmou que “as carreiras políticas só acabam quando desistimos de lutar pelo nosso país”, acrescentando que a sua decisão teve como fundamento aquilo que “a consciência me ditava. Às vezes fazemos isso e corre bem, às vezes fazemos isso não corre bem”.
O fundador do partido Aliança – agora liderado pelo antigo vereador da Câmara de Torres Vedras Paulo Bento – explicou que a sua iniciativa nunca teve como objetivo “ser presidente do Aliança”, pois “a vida política, para mim, e ao contrário do que muitos pensam, não é uma forma de vida. Sempre adorei a intervenção política. Mas, graças a Deus, tenho a minha vida organizada”.
Santana Lopes apontou ainda duas razões que considera que foram fundamentais para o fracasso dos resultados obtidos pelo partido, referindo, primeiramente que “sem televisão não há partidos”. A outra razão deve-se ao facto de o país estar “numa época em que isto está mais para os partidos dos extremos”.
Em relação à transferência de alguns membros do partido Aliança para o Chega, Pedro Santana Lopes considera que “uma coisa é o que eu penso do Chega e das ligações à Marine Le Pen, ou ao Salvini. Não tenho nada a ver com isso, e não consigo estar na mesma família política em que eles estejam. Eu quando vejo o André Ventura naquele papel, algo me diz que ele está a ser arrastado por uma onda, que aquilo não é ele”.
O político, demonstra assim que não tem qualquer tipo de interesse em participar nas ações políticas do Chega, mas não nega ligações à direita.
Que personagem!…