Samu e Mora lideram a “revolta da juventude”

Estela Silva / Lusa

Goleada portista na Vila das Aves por 5-0, consubstanciada numa primeira parte avassaladora dos homens da Invicta, que criaram situações para um resultado ainda mais dilatado – duas bolas foram aos ferros de Guillermo Ochoa.

Samu foi a grande figura da partida, ao fazer um “hat-trick”, o segundo que tivemos nesta jornada. Os outros tentos foram apontados por Nico González e por Rodrigo Mora, este a fechar a contagem.

Avassaladora. Foi assim a primeira parte do “dragão”, que teve muito mais bola, marcou quatro golos, um por Nico González e três pelo imparável Samu, rematou bastante e ainda teve duas bolas nos ferros.

Foram quatro golos e bem mais poderiam ter entrado, ante um AVS que fez o seu primeiro remate somente aos 36 minutos. A ala direita dos portistas ia fazendo muitos estragos, com Martim Fernandes em evidência.

O Porto abrandou no segundo tempo, permitindo ao AVS esboçar uma leve reacção, mas sem grande clarividência e sem causar perigo. Os portistas passaram a apostar no contra-ataque.

Contudo, o melhor do jogo já tinha passado e nem os “dragões” mostraram o mesmo ímpeto da etapa inicial.

Ainda assim, o jovem Rodrigo Mora marcou perto do fim para confirmar a “manita”. Três golos de um jogador de 19 anos e um de um jovem de 17 anos.

O Jogo em 5 Factos

1. “Dragão” imparável nos cruzamentos

A média de cruzamentos de bola corrida do Porto até este jogo na Liga era de cerca de 11, os eficazes de três. Na Vila das Aves, os homens da Invicta bateram o seu recorde de centro feitos (20) e certos (12).

2. Só no final o AVS entrou na área

Bom, mais ou menos. A verdade é que à hora de jogo, a formação da casa registava apenas quatro acções com bola na área portista, testemunha da solidez dos “dragões” na retaguarda, contra 27 dos portistas do outro lado. A contagem terminou em 14-33.

3. O mais alto rating colectivo da época

Esta não é uma estatística que costumamos destacar muito, mas a verdade é que nesta partida, o Porto terminou com um GoalPoint Rating colectivo médio de 6.62, quando o seu máximo era de 6.56.

4. “Charters” de passes progressivos

O tal passe que aproxima a equipa em pelo menos oito metros e 25% da baliza adversária. Em especial no segundo tempo, a jogar em contra-ataque, o “dragão” usou e abusou deste expediente, terminando com novo recorde da equipa, 64, quando a média por jogo era de 38.

5. Recorde de passes

Este foi o jogo da Liga com mais passes certos. As duas equipas acumularam 864, mais dez que o anterior máximo, curiosamente o Sporting-AVS. Os “dragões” completaram 525, os avenses 339.

Melhor em Campo

Autêntica fúria espanhola. Samu deu cabo do AVS na primeira parte, com três golos que lhe valeram o título de melhor jogador em campo. “Ah e tal, ontem o Aktürkoğlu teve 10.0 e marcou tantos golos como o Samu”.

Verdade, mas esta não é a primeira, nem a décima, nem será a última vez que acontecem casos assim. A verdade é que o atacante espanhol fez um “hat-trick”, mas esteve muito menos em jogo que o turco.

Samu enquadrou três de cinco remates (máximos do jogo), mas a sua acção foi parca tirando os tentos. Destaque, porém, para um passe de ruptura, oito acções com bola na área contrária e dois duelos aéreos ofensivos ganhos em três.

Resumo

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.