José Sena Goulão / Lusa
O número de deslocações para fora da Área Metropolitana de Lisboa (AML) aumentou apesar das restrições impostas pelo Governo nos dois últimos fins de semana.
Nem a limitação das deslocações de e para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) nos dois últimos fins de semana impediu que os residentes se deslocassem para fora da região. Aliás, até houve um aumento residual nas saídas (0,6 pontos percentuais), escreve o jornal Público.
Em contrapartida, como seria de esperar, o número de entradas na região diminuiu 8,6 pontos percentuais, entre 21 e 27 de junho, em comparação com os valores médios.
Segundo a consultora PSE, “houve um fenómeno de antecipação das deslocações que foi particularmente visível no número de pessoas que saíram da Área Metropolitana de Lisboa na quinta e mesmo na sexta-feira anteriores às restrições”.
Tendo em conta os dados estatísticos, a consultora conclui que as restrições às deslocações “não conseguiram conter as saídas da AML”, que anteciparam as suas deslocações que normalmente fariam ao fim de semana. Ainda assim, o número de saídas foi “idêntico a uma semana média de referência”.
As “restrições impostas impactaram sobretudo o tráfego durante o fim-de-semana, reduziram o número de pessoas a entrar na AML, na semana, mas não impactaram os movimentos de pessoas a sair da AML, se contarmos todos os dias da semana 25”, lê-se ainda no comunicado de imprensa da PSE.
No total, 18 concelhos são abrangidos pela proibição, numa medida que afeta aproximadamente 2,9 milhões de pessoas. A circulação entre concelhos da AML não está proibida, sendo que a regra aplica-se apenas aos que estão fora.
De acordo com o último boletim da DGS, dos 902 novos casos, 509 registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.
