Gorin cortou a perna de um conhecido e comeu-a, “pelos velhos tempos”; Ogolobyak cortou as cabeças e línguas de quatro adolescentes antes de as fritar e comer. Ambos foram libertados para combater na Ucrânia.
Desde o verão de 2022, a Rússia tem recrutado prisioneiros das suas colónias penais para lutarem na Ucrânia, que em troca, segundo o Meduza, recebem perdões e pagamentos em dinheiro.
Yevgeny Prigozhin, falecido líder do grupo de mercenários Wagner reconheceu, numa entrevista no final de maio, que recrutou cerca de 50 mil reclusos de prisões russas para a ofensiva na Ucrânia.
O que não se sabia ao certo é que tipo de crimes cometeram estes condenados.
Agora, avançam medias russos esta terça-feira que dois homens condenados por homicídio e necrocanibalismo foram libertados para combaterem na Ucrânia — e pelo menos um deles encontra-se sem combater, a recuperar de pequenas lesões num hospital de Iujno-Sakhalinsk.
Depois de matarem as suas vítimas, os combatentes Denis Gorin e Nikolai Ogolobyak comeram parte dos corpos, noticiam diversos jornais soviéticos.
Gorin é até reincidente do crime. Em 2003, foi condenado a nove anos e 10 meses de prisão por assassinato e profanação de cadáver. Solto em liberdade condicional em 2010, voltou a ser condenado em 2013, pelo esfaqueamento de um conhecido seu. Cortou-lhe a perna e comeu-a, “pelos velhos tempos”, segundo registos governamentais partilhados e traduzidos pelo Meduza.
Já Ogolobyak, a cumprir 20 anos por assassinato e profanação de cadáver, é o responsável pelo assassinato de quatro adolescentes com vista a rituais de sangue, de acordo com o 76.ru. Com cúmplices, cortou-lhes as cabeças e línguas antes de as fritar e comer, segundo os documentos do tribunal responsável pelo caso. Uma das vítimas foi esfaqueada 666 vezes por Ogolobyak.
Uma publicação no Telegram alertou para uma foto partilhada por Gorin nas redes sociais, em que o criminoso é visto a vestir o uniforme militar russo, em outubro.
O seu vizinho, Dmitry, comentou a situação com o jornal Siberia Realities.
“Basicamente ele está livre, perdoado e com metade da pena por cumprir”, contou, apesar de achar que esta liberdade não vai durar muito tempo. “As famílias das vítimas dele lembram-se de tudo”, avisa.