Russos capturaram ucranianos a russos (e vão devolvê-los à Ucrânia)

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Oleg Petrasyuk / EPA

Grupo de russos pró-Ucrânia anunciou que conseguiu resgatar diversos soldados ucranianos, no sul da Rússia.

Desde que a guerra começou, em Fevereiro de 2022, Ucrânia e a Rússia realizaram trocas regulares de prisioneiros.

Mas este capítulo não é uma troca de prisioneiros: é um resgate de soldados ucranianos realizados por russos.

O Corpo de Voluntários Russos é um grupo de guerrilheiros russos, mas que estão do lado da Ucrânia; e anunciou neste domingo que capturou vários soldados ucranianos.

A captura decorreu durante uma incursão na fronteira no sul da Rússia e o próximo passo dos russos será entregar os soldados às autoridades ucranianas, relata a agência Reuters.

Num vídeo, fica a ideia que cerca de 12 soldados russos estão como prisioneiros, junto a este grupo.

No vídeo, explica-se que não houve qualquer encontro com o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, porque Gladkov não apareceu, segundo o Corpo de Voluntários Russos. Assim, os soldados vão para a Ucrânia para um “processo de troca”.

Este grupo, tal como a Legião da Liberdade da Rússia, tem reivindicado a autoria de ataques na Rússia.

O governador de Belgorod classifica o grupo como “sabotadores ucranianos”. A Ucrânia nega qualquer responsabilidade directa nos ataques na Rússia.

Rússia travou ofensiva de “larga escala”

A Rússia disse esta segunda-feira ter repelido uma “ofensiva em larga escala” ucraniana na região de Donetsk, no domingo, na qual 250 militares ucranianos foram mortos e dezenas de veículos de combate ucranianos foram destruídos.

Até ao momento, as autoridades ucranianas não confirmaram qualquer ofensiva em Donetsk, uma das quatro regiões do leste da Ucrânia que a Rússia anexou ilegalmente no outono passado.

“Na manhã de 4 de junho, o inimigo lançou uma ofensiva em grande escala em cinco setores da frente na direção de Yuzhnodonetsky”, disse o Ministério da Defesa russo, em comunicado.

“O inimigo não alcançou o seu objetivo, não conseguiu”, acrescentou. Na mesma nota, o Ministério indicou que o exército ucraniano liderou esta ofensiva com seis batalhões mecanizados e dois batalhões de tanques.

O porta-voz do Ministério, Igor Konashenkov, disse que 250 militares ucranianos foram mortos e 16 tanques, três veículos de combate e 21 blindados ucranianos foram destruídos.

Um vídeo publicado pelo Ministério na plataforma Telegram mostra alegados veículos blindados ucranianos, filmados do ar, a serem destruídos pelas forças russas.

Numa rara menção à presença dos principais líderes militares da Rússia em operações no campo de batalha, Konashenkov disse que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas, general Valery Gerasimov, “estava num dos postos de comando avançados”.

A menção surgiu depois das críticas do chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, de que os principais líderes militares não têm sido vistos na frente de batalha nem assumido o controlo ou responsabilidade pelas operações militares na Ucrânia.

ZAP // Lusa

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