A Rússia não permitirá a privatização da Lua, independentemente de quem avance a iniciativa, avisou o chefe da agência espacial russa (Roscosmos), Dmitri Rogozin, em entrevista ao jornal Komsomólskaya Pravda.
“Não permitiremos que ninguém privatize a Lua (…) É ilegal e vai em sentido contrário ao direito internacional”, sustentou o responsável da Roscosmos, cujas declarações são reproduzidas pela cadeia russa Russia Today.
Rogozin revelou também que a Rússia não pretende entrar numa corrida lunar com os Estados Unidos. “A Lua interessa-nos principalmente em termos da sua origem e conservação como satélite natural da Terra (…) Mas a Lua não é o nosso objetivo final. Não vamos entrar numa corrida lunar semelhante a uma competição eleitoral”, garantiu.
Na mesma entrevista, o responsável da Roscosmos revelou o calendário russo para a exploração lunar: o país pretende lançar a missão Luna-25 em 2021 e, três anos depois, em 2024, planeia enviar a sonda Luna-26 em órbita lunar.
Posteriormente, pretende lançar a a aeronave pesada Luna-27, que levará a cabo trabalhos científicos na superfície da Lua, visando perfurar o regolito lunar.
A declaração de Rogozin surge depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva que estabelece a política do Estados Unidos sobre a exploração de recursos para lá da Terra, frisando que o país apoia esta atividade.
No documento assinado em meados de abril, o Trump frisa que o atual regime regulatório permite a utilização destes recursos, que podem ser encontrados na Lua ou em asteróides, apelando ainda à cooperação de outros estados ou entidades para explorá-los.
“Os norte-americanos devem ter o direito de participar da exploração comercial, extração e uso de recursos no espaço sideral, de acordo com a lei aplicável. O espaço sideral é um domínio legal e fisicamente exclusivo da atividade humana, e os Estados Unidos não veem como um bem comum global”, pode ler-se no despacho.
O líder norte-americano recorda ainda que os Estados Unidos não fizeram parte do subsequente Acordo da Lua, datado de 1979, que estipula que o uso não científico de recursos espaciais será regido por uma estrutura reguladora internacional.
E acho muitíssimo bem! Ao longo da história, tudo o que foi privatização de património natural da humanidade, foi um crime.
Como é óbvio, quem estiver em condições de o fazer, vai ocupar a Lua e explorar os seus recursos como bem entender.
Para dizer qq coisa sobre a Lua primeiro tem de chegar lá. O russo, depois de ontem, não vai ter dinheiro para programas espaciais. É só conversa. Força Musk!!