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Rússia e China querem explorar o fundo da Fossa das Marianas

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A empresa estatal russa Rubin, construtora de equipamentos navais, elaborou um projeto de um aparelho destinado a realizar pesquisa científica a uma profundidade de 11 mil metros.

Onze quilómetros é, precisamente, a profundidade do ponto mais profundo da Terra – a Fossa das Marianas, localizada no oceano Pacífico, a leste das ilhas Marianas, na fronteira convergente entre as placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas.

“Foi elaborado um projeto preliminar do design do complexo Vityaz, destinado a realizar pesquisas científicas à profundidade de 11 mil metros, promovendo testes e a criação de meios técnicos para explorar o oceano mundial”, diz um comunicado da Rubin Design Bureau for Marine Engineering (CDBME), citado pela Sputnik News.

Além disso, o relatório da empresa anunciou a criação e primeiros testes de um protótipo do aparelho submarino não tripulado Klavesin-2R-PM, destinado a realizar missões de observação e busca à profundidade de seis mil metros.

Corrida oceânica

O comunicado surge cerca de um mês depois da China anunciar que está a desenvolver um submarino de última geração capaz de descer a 11 quilómetros de profundidade, com o intuito de levar os seres humanos ao local mais profundo do planeta.

De acordo com a BBC, o projeto faz parte de um esforço chinês de desenvolvimento de recursos tecnológicos de ponta voltados para a exploração científica, uma política que também se traduz em tecnologias como o  radiotelescópio colossal construído na China, que ficará pronto em setembro deste ano.

No entanto, o desenvolvimento do submarino é visto como um esforço para obter supremacia marítima na região, gerando críticas devido ao fato de Pequim estar em disputa territorial de ilhas e mares da região com outras nações.

Depressão Challenger

Os estudos do ponto mais profundo do nosso planeta têm sido realizados ao longo de muitos anos, mas apenas quatro missões atingiram o fundo da fossa, a Depressão Challenger (ou Challenger Deep).

A primeira imersão até ao fundo da fossa foi realizada em 23 de janeiro de 1960 pelo marinheiro da Marinha dos EUA Don Walsh e o cientista Jacques Piccard , que atingiram 10.916 metros de profundidade dentro do submarino Trieste.

Duas missões não tripuladas bem-sucedidas foram realizadas em 1995 e 2009. A primeira foi a do submarino japonês Kaikō, e a segunda do submergível Nereus.

Em 2012, o diretor James Cameron tornou-se o primeiro homem a imergir até ao fundo da fossa sozinho, a bordo do Deepsea Challenger.

AF, ZAP / SN / CT

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