Rui Moreira ao ataque. “Portugal é um país estagnado há 20 anos”

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Rui Manuel Farinha / Lusa

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira

Para Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, Portugal enfrenta graves dificuldades em exportar e competir com outros países.

Segundo o ECO, Rui Moreira referiu na Conferência Fábrica 2030 que Portugal foi “ultrapassado pelas economias de leste“, estando agora na “cauda do desenvolvimento europeu”.

O presidente da Câmara do Porto afirmou ainda que “Portugal é um país congelado, cuja atividade continua a assentar em atividades económicas tradicionais, tendencialmente de pouco valor acrescentado e com graves limitações na incorporação de inovação e know-how disruptivo“.

Para colmatar as dificuldades, Rui Moreira realçou que se deve “apostar na inovação e no desenvolvimento de negócios de valor acrescentado”, “apostar fortemente na transição digital” e “criar melhores condições para o tecido económico português”.

É ainda preciso “aumentar a capacidade e qualidade de formação dos seus quadros”, “apostar na atração e retenção do talento” e “alavancar o crescimento económico”, acrescenta ainda.

Os fundos europeus são, na sua opinião, “apenas um instrumento” para garantir o desenvolvimento do país.

Com as negociações do próximo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, já em curso, o autarca defende que o “dinheiro tout court não é a condição (ou solução) para o desenvolvimento económico”.

O presidente da Câmara do Porto não poupa críticas e lamenta que o país enfrente dificuldades ao competir com outros países, “seja pela dificuldade em inovar nos seus produtos, seja pelas dificuldades estruturais, como vias de transporte caras e desatualizadas da realidade internacional ou pelos elevados preços de combustível”.

O autarca considera que a “dificuldade em exportar é particularmente evidente para fora da UE”.

“11,7% do valor acrescentado na economia portuguesa resulta das vendas para países extra comunitários, de acordo com o “Eurostat”, precisa.

Rui Moreira explica ainda que o “desajustamento entre o sistema educativo e o tecido económico”, é o que motiva essa incapacidade.

Isto porque perante a “taxação brutal dos rendimentos” os trabalhadores “rapidamente encontram lá fora condições salariais e de progressão de carreira claramente superiores”, conclui.

ZAP //

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