Nuno Melo já se tinha colocado em posição de ataque na corrida interna, mas terá de esperar. O CDS “está vivo” e as autárquicas foram prova disso.
O CDS decidiu apoiar Carlos Moedas e não se arrepende disso. O partido conseguiu segurar seis Câmaras Municipais, ganhou visibilidade na vitória de Lisboa, elegeu três vereadores e presidentes de junta e colocou o número dois, Filipe Anacoreta Correia, como vice-presidente da Câmara. A direção não tem dúvidas de que “o partido está vivo”.
Na oposição e na direção fazem-se contas ao número de vereadores eleitos para se entender se o partido conseguiu superar um dos objetivos de Francisco Rodrigues dos Santos, escreve o Público. Depois disso, Nuno Melo terá condições para tomar uma decisão: se entra ou não na corrida interna à liderança do CDS.
Os apoiantes de Melo não estão otimistas e mostram-se até preocupados com a possível extinção do partido por causa das coligações com o PSD. “Sem o ombro do PSD, o CDS desaparece”, referiu um antigo dirigente.
Sinal disso mesmo é a perda de votos onde o partido concorreu sozinho: passou de 2,59% (134 mil votos) em 2017 para 1,49% (cerca de 74 mil). Em relação há quatro anos, o CDS fez mais 30 coligações com os sociais-democratas.
O diário faz um balanço dos ganhos centristas, apontando que o CDS conseguiu manter as seis câmaras que lidera: Velas (Açores), Santana (Madeira), Ponte de Lima (Viana do Castelo), Vale de Cambra, Oliveira do Hospital e Abergaria-a-Velha (Aveiro).
No concelho de Velas, o partido conseguiu aumentar os vereadores eleitos de três para quatro, o que também aconteceu em Oliveira do Bairro, mas perderam um em Ponte de Lima.