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Robôs vão roubar os empregos todos e o governo terá que pagar o seu salário

O desenvolvimento da tecnologia e o aperfeiçoamento da Inteligência Artificial vai fazer com que os robôs substituam os humanos em cada vez mais empregos em todo o mundo. O cenário futurista é traçado pelo empreendedor e visionário Elon Musk, que vaticina que os governos terão que assegurar o sustento das pessoas.

“Há uma grande possibilidade de acabarmos com um rendimento básico universal ou algo do tipo, devido à automação”, destaca Elon Musk, fundador e CEO da SolarCity, da Tesla e da SpaceX, em declarações divulgadas pela CNBC.

O visionário de Silicon Valley acredita que os robôs vão substituir, gradualmente, muitos trabalhadores. Musk dá o exemplo dos camionistas, salientando que os camiões auto-guiados vão “acabar” com esta profissão. E mesmo que alguns camionistas passem a controlar as frotas de camiões robôs, outros acabarão por ficar inevitavelmente, no desemprego.

O CEO da Tesla realça que a sociedade presente tem que começar a definir como se vai “integrar com um mundo e um futuro com uma vasta Inteligência Artificial“, que acabará também por levar os robôs a conquistar os empregos mais criativos e que exijam mais do intelecto.

“Em última instância, penso que terá que haver algum tipo de melhoramento na simbiose com a super inteligência artificial“, diz Musk, que vê esta possibilidade de os robôs dominarem o mercado de trabalho como algo positivo, mais do que prejudicial para a sociedade, que vai garantir às populações “mais tempo de lazer”.

OnInnovation / Flickr

Elon Musk, o bilionário visionário fundador do PayPal, Tesla e SpaceX

Elon Musk, o bilionário visionário fundador do PayPal, Tesla e SpaceX

“As pessoas terão mais tempo para fazer outras coisas, coisas mais complexas, mais interessantes”, sustenta Musk, apostando na ideia de que terão que ser os governos a sustentar os cidadãos com subsídios universais.

A Suíça já foi notícia diversas vezes por ter recentemente equacionado a possibilidade de instituir um rendimento mínimo incondicional e universal de 2.250 euros por mês para todos os cidadãos. No último referendo, realizado no Verão, a ideia foi rejeitada por 80% dos votantes.

Em Portugal, o PAN também já avançou com a ideia de criar um Rendimento Básico Incondicional – atribuido a todos os cidadãos só por se nascer.

Um grupo de cidadãos chegou ainda a criar uma petição em nome da aplicação desse apoio universal com o argumento do “crescente aumento da pobreza, precariedade, desemprego, insegurança da população e os enormes avanços tecnológicos que reduzem drasticamente a necessidade de mão-de-obra humana”.

Contudo, até agora, pouco mais de 5.600 pessoas assinaram a petição.

SV, ZAP

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