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Risco de nova guerra mundial é real, alerta chefe das forças armadas britânicas

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NATO North Atlantic Treaty Organization / Flickr

O chefe das Forças Armadas britânicas, o general Nick Carter, ao centro

O chefe das Forças Armadas do Reino Unido alertou que há risco de uma nova guerra mundial se os conflitos menores e atuais ficarem fora de controle. A crise económica global causada pela pandemia também pode desencadear novas ameaças à segurança, disse o general Nick Carter.

Numa entrevista ao Sky News, publicada no domingo, Carter ofereceu uma visão do exército britânico em 2030, indicando que pode incluir 90 mil soldados e 30 mil robôs, revelando ainda o desejo de um acordo orçamental plurianual que permita aos militares fazer um investimento a longo prazo para a modernização, com aposta na informação.

Falando a partir do Museu do Exército Nacional em Londres, no dia em que o país comemorava o Domingo da Memória – em homenagem ao contributo dos militares britânicos, da Commonwealth e das mulheres que participaram nas duas Guerras Mundiais e nos conflitos posteriores – destacou a importância dessa data, mesmo num momento em que o país lida com a crise da pandemia e com crescentes problemas económicos.

“Trata-se de homenagear os que deram as suas vidas a serviço do nosso país e, claro, o fizeram para proteger o nosso modo de vida e a nossa liberdade. Acho que seria muito perigoso se esquecêssemos isso”, “esqueceríamos o verdadeiro horror da guerra”. Caso isso aconteça, “o grande risco é que as pessoas pensem que ir para a guerra é um coisa razoável”, avançou.

Carter indicou temer que a crise económica leve a uma crise de segurança, devido ao golpe infligido à economia mundial pela pandemia. “Acho que estamos a viver um momento em que o mundo é um lugar muito incerto e ansioso”, referiu, sublinhando que “o risco real, com muitos conflitos regionais no momento, é que a escalada leve a um erro de cálculo e isso é algo contra o qual devemos nos proteger”.

“Temos que lembrar que a História pode não se repetir, mas tem um ritmo e caso se olhe para o século passado, antes das duas guerras mundiais, era indiscutível que houve uma escalada que levou a um erro de cálculo, que acabou por originar a guerra, numa escala que, com sorte, nunca mais veríamos”, acrescentou.

Aziz Karimov / EPA

Nagorno-Karabakh depois de bombardeamentos

Questionado se estava a falar sobre a ameaça de outra guerra mundial, Carter esclareceu: “Estou a dizer que é um risco e acho que precisamos estar cientes desses riscos e é por isso que o Domingo da Memória é importante, porque se olharmos para a História, aprendemos com a experiência e seremos cautelosos na gestão dos conflitos regionais que vemos a acontecer no mundo hoje”.

O general não especificou os conflitos, mas pelo menos mil pessoas morreram em quase seis semanas de combates entre o Azerbaijão – apoiado pela Turquia – e a Arménia – aliada da Rússia -, no enclave montanhoso de Nagorno-Karabakh. Países como a Rússia, o Irão, os Estados Unidos (EUA) e Reino Unido têm forças a operar na Síria. Na Ucrânia, continua um conflito entre separatistas apoiados pela Rússia e as forças do Governo.

Sobre o Reino Unido, disse não saber se o Tesouro dará à Defesa um acordo orçamental plurianual. “No momento, há negociações em andamento de forma muito construtiva”, notou. “Vamos defender algo do género porque precisamos de investimento de longo prazo, que nos dê a oportunidade de ter confiança na modernização”.

 

 

As forças armadas britânicas têm desempenhado um papel fundamental na resposta do Governo à pandemia, com cerca de dois mil militares destacados para Liverpool para ajudar num programa de testes em massa. “Se houver sucesso, poderemos descobrir que há outras áreas em que precisamos ajudar”, apontou Carter.

O general disse ainda que recorrer aos militares para assumir todo o programa de testes do coronavírus é uma opção, mas que confia na configuração atual.

ZAP //

11 Comments

  1. Caros irmãos Portugueses, Em uma certa vez assisti um programa de tv cá no Brasil sobre leituras comentadas sobre livros que foram lidos por seus apresentadores e convidados, e como não li o referido livro não posso vos dizer seu título, mas me marcou as palavras ditas de que as coisas e fatos tendem a se repetir por ciclos e em uma espiral ascendente. Então um determinado fato tende a se repetir em um outro contexto de maneira mais elaborada. Agora pergunto-vos: Vocês tem um kit de sobrevivência do tipo o fim do mundo ou por conta da eclosão de (3º W. W.) montados em suas residências? Confesso que eu ainda não montei o meu, e acho graça eu estar a pensar seriamente sobre isso, já que nem em discos voadores eu acredito! heheheh!

    • Ai Aílton, Aílton… o teu caso é muito mais grave do que pensas…
      Por aí não tens hospital psiquiátrico que te possa acolher… para o caso da 3ºww?

    • Caro A.F.N. aconselho-o a comprar um fato anti bomba numa loja dos chineses que também por aí não deverão faltar, porque de facto a situação internacional está cada vez mais perigosa sobretudo com governantes com graves débitos de capacidade mental.

      • Os governantes com graves débitos de capacidade mental, são eleitos por gente do calibre deste Ailton de Freitas Nunes.

  2. Hoje mais preocupante que o COVID -!9, é a possibilidade real de uma terceira GUERRA MUNDIAL. Para além dos conflitos regionais na ARMÉNIA, na UCRÂNIA, em NAGORNO-KARABAKH é preocupante como se perfilam em termos de apoios aos EUA nas recentes eleições. Por um lado o bloco dos países que assumem DEMOCRÁTICOS por outro um bloco mais ou menos definido de países com pendor totalitário mesmo numa aliança anti natura como sejam: A CHINA, A RÚSSIA, O BRASIL, A TURQUIA, O MÉXICO ATÉ A COREIA DO NORTE que a propósito da vitória de BIDEN , nada disseram ainda.

    • Carriço Carlos, esse Sr. Biden sim é do partido democrata, mas não tem valores democratas e humanista como a idéia que nos é vendida pela imprensa, que tem claramente um viés socialista. Ele e seu filho estam claramente envolvidos em algum tipo de negócio obscuro com os russos e ucranianos e a imprensa silenciou para não prejudicá-lo. Também tem o histórico jurídico de ter influenciado fortemente o ex-presidente Jorge W.Bush e a outros importantes senadores do congresso dos EUA a declararem guerra ao Iraque, e olhem os desdobramentos nefastos que ocorreram naquelas terras e para aquele povo muito além dos meados dos anos 2000’s, culminando por surgir o ISIS. Temos também o aumento da população carcerária Americana com implementação de leis de propria autoria. Do outro lado temos Trump demonizado com sitematica e implacável ojeriza pelos adversários, mas que entregou superávit financeiro, empregos, fez acordos impensáveis e há muito desejados pelo estado, e nao teve medo de ser politicamente incorreto quando era para o bem di povo Americano.

      • Muito bem! Todos temos, em democracia, direito a uma opinião, porém a falta de liberdade para a exprimir é que aflige um democrata. Opinar não significa ludibriar!

  3. Ola! Show de bola, acredite você cá no Brasil quase não temos mais hospícios, a esquerda os fechou sistematicamente alegando ser usado para cercear as liberdades individuais, na verdade eles tem medo de que algum dia seja usado para aprisioná-los por motivos políticos, assim como o Maduro na Venezuela faz com seus opositores comuns do povo. Mas a ideia é brincar ou olhar de maneira mais suave notícias inquietantes, sempre haverá um amanhã mesmo após uma 3° www. Porém, cá entre nós meu caro gajo, melhor que não haja tal coisa. heheh!
    Um abraço de um brasileiro descendente de Galegos!

    • Um brasileiro já é mau, descendente de galegos… ufa, parece que os Deuses reuniram-se para pôr todo o mal do mundo numa só pessoa!!! A brincar, obviamente ;). Quanto à 3ªww virá certamente um dia. Eu já comecei a comprar papel higiénico em barda. Estou a preparar-me para o armagedão.
      Até acho que devia haver uma bolsa internacional relativa ao papel higiénico, de forma a podermos seguir a sua cotação. Nesta bolsa deveria ser possível realizar opções com futuros…

  4. O Sr. General esqueceu-se de mencionar que a proliferação de conflitos regionais deve-se à política expansionista dos Estados Unidos com o apoio da Grã-Bretanha, da União Europeia e do sionismo.

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