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“Pela primeira vez na história”, sentam-se no Governo marido e mulher e agora pai e filha

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Manuel de Almeida / Lusa

Rui Rio alertou esta segunda-feira que, em cerca de três anos, o atual Governo teve “seis remodelações”, mudando dez ministros e 21 secretários de Estado, o que demonstra ausência de “estratégia”, de política “estruturada” e de “rumo”.

“Nestes três anos e muito, já houve seis remodelações de Governo e mudaram dez ministros e 21 secretários de Estado. Não é possível uma governação estabilizada quando fazemos estas alterações em tão pouco tempo. Objetivamente, um governo que muda todas estas vezes demonstra falta de rumo. Não há uma política estruturada. Há uma resposta ao quotidiano”, afirmou Rui Rio aos jornalistas, na sede distrital do Porto do PSD, após uma reunião com a Confederação Nacional das Associações de Pais.

O presidente do PSD afirmou que as expectativas em relação à remodelação governamental desta segunda-feira “não são nenhumas”, alertando para um certo “afunilamento”. No Conselho de Ministros “pela primeira vez na história de Portugal, senta-se marido e mulher e agora pai e filha”, disparou.

O líder do PSD referia-se à antiga secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro, Mariana Vieira da Silva, que tomou posse esta segunda-feira como ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, e que é filha do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva.

O líder do PSD aludia ainda ao casal formado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. “É uma remodelação a meia dúzia de meses das eleições, feita por necessidade, devido à saída de ministros para o Parlamento Europeu [Pedro Marques e Maria Manuel Leitão vão integrar as listas do PS às eleições europeias]”, afirmou o presidente do PSD.

Para Rio, “é manifesto que, desta forma, não pode haver uma linha estruturada e estratégia para atingir um objectivo”. “Não é possível ter uma governação estabilizada quando fazemos estas alterações em tão pouco tempo”, frisou o líder social-democrata.

Diz Rio que “um governo que mudou dez ministros” em menos de quatro anos não tem “rumo”, antes “está a responder ao quotidiano“. “O próximo [ministro] até pode responder melhor ao dia a dia, mas não a uma linha de rumo”, considerou.

Os novos ministros da Presidência, Mariana Vieira da Silva, das Infra-estruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e do Planeamento, Nelson de Souza, bem como os respectivos secretários de Estado, tomaram posse esta segunda-feira.

Já sobre o relatório da OCDE divulgado, Rio notou que “Portugal não teve, nestes quatro anos, uma estratégia de crescimento económico sustentada”, pelo que, “numa análise mais fina vai-se percebendo que não se apostou nas exportações ou no investimento“. “Quem tem uma política de gestão de quotidiano não pode esperar um relatório de análise de longo prazo favorável”, concluiu.

Quanto a impostos, Rio notou que Portugal “tem, neste momento, a maior carga fiscal da história”. “Nunca foi tão pesada e, em compensação, os portugueses têm piores serviços públicos. Têm péssimos serviços públicos, pior do que há três ou quatro anos. Toda a gente sente isso na rua”, observou.

// Lusa

15 Comments

  1. Já não são Boys & Girls
    Agora é a famelga toda.
    E o César ainda não se lembrou de trazer as dezenas de familiares que meteu no governo açoriano.
    Compadrio e Socialismo andam de mão dada.

    • Então e os outros mamões que por lá passaram sem serem os “xuxialistas”?
      Também não foi um fartar vilanagem de tantos amigalhaços/as lá meterem?

      Aliás, com a nossa (dos políticos portugueses no geral) mentalidade, seja quem seja que para lá for, da extrema esquerda à extrema direita, não vai passar muito tempo sem se rodear dos seus melhores amigos e familiares com ou sem mérito algum. Acho que é porque assim se sentem mais acompanhados…

    • Carlos, nao é socialismo é chuchialismo,será que a filha é outro yes man como o pai? Que tal o Costa meter o filho ou a filha?Porque nao a mulher.Por exemplo que vai fazer a ex-ministra Leitão para a Europa?Só se for para dar ordens sobre a cor das toalhas do pequeno almoço porque era assim que funcionava a ministra da chamada “modernização administrativa”.É um fartote de boys e grils chuchialistas.Perde mais do que ganha este PM nestas consecutivas remodelações.

  2. Carlos, nao é socialismo é chuchialismo,será que a filha é outro yes man como o pai? Que tal o Costa meter o filho ou a filha?Porque nao a mulher.Por exemplo que vai fazer a ex-ministra Leitão para a Europa?Só se for para dar ordens sobre a cor das toalhas do pequeno almoço porque era assim que funcionava a ministra da chamada “modernização administrativa”.É um fartote de boys e grils chuchialistas.Perde mais do que ganha este PM nestas consecutivas remodelações.

  3. Isto é nepotismo ao mais alto nível desde o começo da Geringonça! É a família Vieira da Silva, é a família do Carlos César, era o João Soares e o amiguinho Elísio Summavielle no CCB, é o casal Cabrita… Irra!.. Mas isto não é sequer ilegal? Isto já nem é nepotismo, é neputismo!

    Eu tenho boa opinião geral do trabalho deste governo, até porque não sou dado ao futebolismo político nem aos clubismos de partidarite. Por isso embora eu não seja xuxas nem de esquerda (sou de centro), tiro o chapéu a muita coisa que a Geringonça tem feito (não tudo, óbviamente). Agora tachismo e nepotismo, tem sido à descarada desde o início… E eu sempre critiquei isto.

    • Pela primeira vez estarei de acordo consigo. Mas calma… apenas no primeiro parágrafo. Quanto ao segundo parágrafo a fórmula é simples: cativar tudo e arrecadar o máximo de impostos como resultado do aumento da atividade económica, que depende única e exclusivamente do facto das nossas economias parceiras estarem (ou terem estado até aqui) bem. De resto, não me posso contentar com o magro crescimento económico. Outros países que estavam como nós há 3 anos cresceram desde então a 4 e 5%. Nós estamos na cauda do crescimento dos países da zona euro! Essa é que é a realidade.
      Só concordo com este governo numa coisa: não cedem às pressões dos sindicatos. E aí têm revelado um comportamento irrepreensível. Tudo o resto é muito curto.

  4. O outro gajo tinha razao.
    “Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência,

    ou seja, à caridade de outras nações,

    pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional.

    Para uma nação que estava a caminho de se transformar numa Suíça,

    o golpe de Estado foi o princípio do fim.

    Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica

    e a emigração em massa.”

    “Veremos alçados ao Poder analfabetos,

    meninos mimados,

    escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data.

    A maioria não servia para criados de quarto

    e chegam a presidentes de câmara, deputados,

    administradores, ministros

    e até presidentes de República.”

    • E porquê? Para tudo existe uma explicação racional e até mesmo irracional. Neste caso será uma explicação irracional transcendental ao nivel genetico. Viva monarquia, viva o reino da macacada.

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