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Militantes do PSD “não estão assim tão confusos” (mas há cinco potenciais candidatos à espreita)

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Estela Silva / Lusa

O presidente do PSD, Rui Rio, concluiu esta quarta-feira na Lourinhã que os militantes “não estão tão confusos como se possa pensar” com a atual liderança do partido, depois de ter iniciado sessões de debate com militantes.

“Só fui a uma reunião, mas [o objetivo] foi completamente conseguido e [os militantes] não estavam assim tão confusos como se possa pensar”, disse aos jornalistas Rui Rio, que conversou com militantes da distrital do Porto e hoje repete a sessão com militantes do PSD/Oeste, na Lourinhã, distrito de Lisboa.

Até janeiro, o líder do PSD promete percorrer as restantes distritais do partido, “para conseguir conversar diretamente com os militantes e também ouvir comentários ou sugestões ou alguma pergunta que queiram fazer para clarificar alguma coisa que não esteja clarificada”.

“Com a turbulência toda que sai na comunicação social, admito que alguns estejam um bocado confundidos”, justificou Rui Rio.

Os cinco que podem enfrentar Rio

De acordo com a TSF, e apesar de Rui Rio afirmar que não há confusão entre os militantes, a agitação nos bastidores é grande. As críticas ao líder do PSD têm ganho força, desenhando-se possíveis cenários futuros.

Um desses cenários, nota a rádio, pode passar por impedir Rui Rio de ir às eleições legislativas do próximo ano, antecipando que o resultado eleitoral do PSD pode ser desastroso. Perante este cenário, há já cinco futuros candidatos – Luís Montenegro, Paulo Rangel, Pedro Duarte, Miguel Pinto Luz e Miguel Morgado -, mas a contagem pode ainda não estar terminadas, revela a TSF.

Já em maio, decorrem as eleições europeias, as primeiras do calendário eleitoral. E, é por considerar “decisivos” estes cinco meses para a “afirmação do partido como alternativa ao PS”, que André Ventura quer um congresso extraordinário, já em dezembro.

Tal como noticiado recentemente, a recolha de assinaturas já começou há cerca de uma semana e o vereador do PSD, em Loures, diz já ter recolhido “mais de 3500 assinaturas entre militantes e simpatizantes do PSD” por todo o país.

André Ventura tem-se assumido como uma das vozes mais críticas à liderança de Rio – chegando mesmo a dizer que desconfia que o líder do PSD o queira afastar do partido – e tem andado a recolher as assinaturas necessárias de forma a convocar um congresso extraordinário – que poderá levar à queda de Rio.

Ao que a TSF apurou, Ventura tem como objetivo atingir as cinco mil assinaturas e, já na próxima semana, o vereador vai para a rua com uma iniciativa pública. Caso o vereador da Câmara de Loures consiga reunir todas as assinaturas, a possibilidade de Rio não cumprir todo o mandado ganhará mais força.

No campo das possibilidades, o regresso de Passos Coelho vai ganhando também força. O nome do antigo primeiro ministro tem surgido na esfera política diversas vezes nos últimos dias e Marques Mendes, no seu espaço de comentário na SIC, considerou que Passos acha que a sua “obra está inacabada”.

Para o comentador político, “se Passos Coelho quiser voltar tem todas as condições dentro do partido” e que “quase nem precisa de fazer campanha”.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Dizer que Passos ou Ventura são melhores para o PSD do que Rio, é admitir que fazer política é sinónimo de ser corrupto, aldrabão e/ou incompetente, e que pessoas rectas e honestas como Rio, não têm lugar nem nos partidos, nem no imaginário de um eleitorado, que se identifica e se revê cada vez mais com fantoches, bandidos e trafulhas.

    Rio tem incomodado tanto os interesses instalados e o parasitismo político, dentro do PSD… Que os mitras do partido andam desertos para se verem livres dele.

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