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Rio diz que à direita nunca haverá geringonça. “É uma coisa mal amanhada”

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PSD / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

Depois do mote lançado pela centrista Assunção Cristas, o líder social democrata admitiu a possibilidade de um eventual entendimento à direita. Contudo, Rui Rio frisou que, a acontecer, nunca seria uma “geringonça”, uma vez que este entendimento alcançado pelo Governo e esquerda é uma “coisa mal amanhada”.

Em declarações ao jornalistas, transmitidas pela TVI24, Rui Rio afirmou que, no caso de ser necessário “ter outro partido para obter uma maioria parlamentar”, o CDS será o “parceiro natural”. No entanto, isso não resultará numa “geringonça à direita”.

“À direita nunca haverá uma geringonça, porque isso pressupõe uma coisa mal amanhada, e montada à pressa e de qualquer maneira, só para chegar ao poder”, explicou Rui Rio, sem afastar, contudo, um entendimento com o partido de Assunção Cristas.

“Há diferenças, mas não são estruturais e em setores fundamentais, como a defesa e a política externa, como acontece com o PS, Bloco de Esquerda e Partido Comunista”.

Ainda assim, voltou a reiterar, a “única alternativa de liderança” ao atual Governo socialista é o PSD. “A única alternativa a [António] Costa sou eu”.

O líder do PSD falava à comunicação social depois de Assunção Cristas abrir a porta a um eventual entendimento. Desta “coligação”, a líder centrista disse apenas excluir o partido Chega, liderado por André Ventura. Reagindo às declarações de Cristas, Rio não afastou a hipótese, mas disse desde logo que o entendimento teria de ser liderado pelo ser partido.

PSD procura apoio dos portugueses e não dos militantes

Também nesta quarta-feira, Rui Rio reafirmou que nas eleições legislativas de 6 de outubro não procura o apoio dos militantes, mas sim dos portugueses que são “muitíssimo mais”.

Mostrando-se indiferente às críticas internas, o social-democrata referiu que na composição das listas, seja qual for o partido, há sempre deputados que ficam contentes e outros descontentes porque os “candidatos são mais do que os lugares”.

“Mas, isso é transversal a todos os partidos”, vincou Rio, após uma curta visita ao Santuário do Bom Jesus, em Braga, e antes de seguir para a feira semanal de Famalicão, neste mesmo distrito.

Apesar de a visita ter sido curta, Rio ainda ouviu as queixas de um homem que, de Junho a Julho, apanhou mais de dez mil beatas de cigarros nas imediações do santuário, reportando ainda uma situação de “autêntica lixeira de entulho e de lixo indiferenciado” no Sameiro, santuário adjacente.

“O discurso político está gasto”, atirou Carlos Manuel Dobreira, mas Rio apressou-se a discordar dizendo que o discurso no ambiente não está gasto, tendo de ser mais forte na política e na sociedade, dando como exemplo a questão dos incêndios.

Confessando ser ex-fumador, o social-democrata considerou que esta questão está relacionada com falta de civismo, frisando que em alguns países isso não acontece.

Além disso, Carlos Manuel Dobreira aproveitou para dizer a Rio que os portugueses estão “saturados” do atual modelo de campanha com feiras, bandeiras, ofertas de canetas e subidas e descidas de escadas.

Concordando com o facto de o modelo de campanha estar esgotado, o presidente do PSD lembrou, em tom de brincadeira, que subir e descer escadas “faz bem”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Eu acho que têm de parar de chamar “Centristas” aos melitantes do CDS porque, centristas são as pessoas ideologicamente ao centro. O CDS pode ter a palavra “Centro” no nome mas ideologicamente é democrata cristão e conservador, ou seja, direita moderada.

    Centristas são o PDR, o Partido Liberal Democrata, o Livre, o Partido da Terra e o Nós Cidadãos.

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