O líder do PSD criticou este domingo o Governo por “recusar dizer quem foram os credores que ficaram com o nosso dinheiro”, impedindo “melhorar a qualidade de vida das pessoas” e “repor o poder de compra dos funcionários públicos”.
“Estamos a falar de um número de pessoas que ficou a dever milhões e milhões à Caixa Geral de Depósitos e ao Novo Banco, que ficou com os ativos e passivos de qualidade do B Banco Espírito Santo”, afirmou Rui Rio.
“Nalguns casos, serão provavelmente os mesmos de um lado e de outro. Mas, se não temos capacidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas e o poder compra dos funcionários públicos, digam, pelo menos, quem são os principais responsáveis por isso ter acontecido”, acrescentou o presidente social-democrata.
O líder do PSD falava no encerramento do 25.º Congresso da Juventude Social Democrata, na Póvoa de Varzim, referindo-se ao Programa de Estabilidade apresentado na sexta-feira pelo Governo.
“Por que é que o Governo se recusa a dizer quem foram os credores que ficaram com o nosso dinheiro?”, questionou Rio, explicando que “repor o poder de compra dos funcionários públicos custaria 300 milhões de euros”.
“Só na CGD e no Novo Banco, o Estado meteu um total de oito mil milhões de euros”, o que “são 25 vezes mais do que esses 300 milhões de euros”, apontou Rio.
JSD é “o melhor aliado”
O líder social-democrata disse ainda ter na JSD o “melhor aliado” para lutar contra os “interesses instalados”, porque esta estrutura partidária é “muito mais livre do que a maior parte dos dirigentes do PSD”.
“Uma das minhas características, na vida pública, é dar-me mal com os interesses instalados. É olhar para o interesse público e querer defendê-lo contra os interesses instalados”, afirmou Rui Rio.
“E que melhor aliado posso ter, como presidente do PSD, senão a JSD que, pela sua juventude e constituição dos seus membros, é muito mais livre do que são a maior parte dos dirigentes do PSD”, afirmou Rui Rio.
“Vocês não estão enredados em interesses, vocês são livres”, vincou Rio, no congresso que elegeu como presidente Margarida Balseiro Lopes, deputada pelo círculo de Leiria, de 28 anos, tornando-a na primeira mulher a liderar a JSD.
ZAP // Lusa