O Benfica perdeu os primeiros pontos na Liga NOS 2017/18. Os campeões nacionais empataram 1-1 em casa de um Rio Ave que se bateu sempre de igual para igual e não escandalizaria se tivesse ganho a partida.
Esteve, aliás, na frente, e só um penálti apontado por Jonas ditou a igualdade final, numa partida bastante equilibrada, mas com poucos momentos de interesse. De facto, apenas dois jogadores de cada equipa tiveram rating acima de 6.0, e todos com funções defensivas.
O Jogo explicado em Números
- Início de jogo equilibrado, sem qualquer remate e com o Rio Ave a apresentar um ligeiro ascendente, graças a 51% de posse de bola, dois cantos contra nenhum e 53% de duelos ganhos, por volta dos dez minutos.
- Com o passar do tempo o domínio vilacondense foi-se adensando, com 58% de posse por volta dos 20 minutos e o Benfica encolhido. O único remate pertencia, nesta fase, aos anfitriões, que tinham já registado dois cantos contra nenhum das “águias” e melhor eficácia de passe: 76% contra 70% dos lisboetas.
- Primeiro remate do Benfica apenas aos 24 minutos, por Seferovic, que foi bloqueado e também deu o primeiro canto aos campeões nacionais.
- Perto do intervalo o Benfica já tinha recuperado para 47% de posse e registava dois remates, contra três do seu adversário, mas nenhuma das equipas havia ainda enquadrado qualquer disparo. O Rio Ave conseguia anular as principais peças do Benfica, comprovado pelo facto de Pizzi e Jonas, pedras fundamentais nas “águias”, serem nesta altura os piores em campo, com 4.7 e 4.6 no GoalPoint Ratings, respectivamente.
- E foi com estes números que se atingiu o intervalo, sem grandes alterações, excepto na posse de bola, valor no qual o Benfica conseguiu chegar aos 50%, numa clara tentativa de reagir ao domínio do Rio Ave – que havia usufruído da única grande oportunidade de golo. Luisão era, nesta altura, o melhor em campo. O central brasileiro registava um GoalPoint Rating de 5.9, modesto, é verdade, mas ninguém mais se destacava. O veterano ganhara três de quatro duelos, todos pelo ar, e realizara três intercepções e dois alívios.
- O Benfica reentrou a tentar controlar, mas foi o Rio Ave a marcar em primeiro lugar. Aos 61 minutos, cruzamento da esquerda, Bruno Varela fez uma defesa incompleta para os pés de Lisandro López (que havia entrado na primeira parte para o lugar do lesionado Jardel) e o argentino fez autogolo.
- Pouco depois, Jonas empatou, na cobrança de uma grande penalidade a castigar falta que o árbitro viu sobre o próprio. O jogo estava partido, rápido, competitivo, mas mal jogado, e, por volta dos 80 minutos, o Benfica registava 52% de posse no segundo tempo, e um total de oito remates contra sete do Rio Ave, 3-1 em enquadrados, 3-3 em cantos. O equilíbrio era nota dominante e não apenas no resultado, que se manteve até final.
O Homem do Jogo
Este foi um jogo de combate. E neste particular, poucos jogadores são tão combativos como Eliseu. O lateral-esquerdo do Benfica acabou por ser o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.6.
Ninguém teve mais bola que ele (75 acções), o que resultou num remate, duas tentativas de drible (ambas com sucesso) e três faltas sofridas, mas foi a defender que Eliseu mais se destacou. Barreto, o seu adversário directo não completou qualquer remate ou drible, muito graças as 10 acções defensivas e oito recuperações de posse do luso-caboverdiano. No total foram 12 de 17 duelos ganhos.
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Jogadores em foco
- Cássio 6.6 – Ficou centésimas abaixo de Eliseu. Realizou três defesas, todas a remates de dentro da grande área, e só não travou a grande penalidade de Jonas.
- Luisão 6.2 – Foi o melhor da primeira parte e manteve a bitola na segunda. Ganhou quatro de cinco duelos e realizou três intercepções e três alívios.
- Bruno Teles 6.1 – O lateral-esquerdo esteve muito certo no jogo. Fez um passe para finalização, ganhou cinco de sete duelos e realizou quatro alívios. Provocou ainda dois foras-de-jogo a homens do Benfica.
- Jonas 5.8 – Após o brilharete da jornada anterior, Jonas esteve apagado em Vila do Conde. Melhorou na segunda parte, e acabou por marcar um golo, de penálti, sofrido pelo próprio. Terminou com três remates, apenas um enquadrado, e oito duelos ganhos em 17 (5/10 pelo ar).
- Pizzi 4.6 – O médio não carburou, o Benfica não ganhou. Foi, a par de Seferovic, o pior dos “encarnados” e os números demonstram-no. Tocou 65 vezes na bola, número muito abaixo do seu habitual, acertou uma de três tentativas de drible, teve uma eficácia de passe de 82%, perdeu 20 vezes a posse de bola e defensivamente esteve quase inexistente: cinco recuperações, um desarme.
- Seferovic 4.6 – Destacadamente, o pior jogo do suíço de águia ao peito. Nas 23 interacções que teve com a bola, fez com que o Benfica perdesse a posse em 15 delas, terminando o jogo com uma terrível eficácia de passe de 43%. Se juntarmos os quatro foras-de-jogo que viu serem-lhe assinalados e os sete duelos que disputou sem sucesso em nenhum deles, a sua exibição fica explicada.
Resumo
// GoalPoint