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Recolher obrigatório, limitação horária nos restaurantes e restrições por concelho podem acabar hoje

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Stephanie Lecocq / EPA

Na reunião de terça-feira no Infarmed, os peritos concluíram haver condições para começar a aliviar algumas das medidas restritivas em vigor. Em Conselho de Ministros, que se irá realizar esta quinta-feira, o Governo vai definir novas medidas de desconfinamento.

Depois de ter sido aconselhado pelos especialistas na reunião do Infarmed, espera-se que o Executivo deixe cair algumas das medidas que estão em vigor no país atualmente.

De acordo com o Público, o recolher obrigatório e as limitações horárias em restaurantes, cafés e pastelarias devem acabar, já que não constam no plano elaborado pelos especialistas.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião do Infarmed, a ministra da Saúde, Marta Temido, já antecipou o fim das restrições por concelho, falando na necessidade de “uniformidade” de medidas perante a prevalência da variante Delta do vírus SARS-CoV-2 “em mais de 95% do território nacional”.

Por outro lado, se o Governo optar por seguir as sugestões dos peritos, num futuro próximo, mostrar o certificado digital covid-19 para entrar em vários espaços públicos passará a fazer parte do dia-a-dia.

O documento, que comprova que o cidadão foi vacinado contra a covid-19, que realizou um teste com resultado negativo ou que recuperou da doença, deverá passar a ser transportado diariamente, refere o matemático Óscar Felgueiras.

Raquel Duarte, acrescenta que o grupo de especialistas quer que o certificado seja obrigatório no acesso a vários espaços públicos – sem avançar quais -, mas não para já. Os peritos só recomendam que esta medida entre em vigor quando for viável, ou seja, quando uma parte maior da população já estiver completamente vacinada.

Os peritos consultados pelo Governo sugeriram ainda a evolução das medidas de restrição de acordo com a taxa de vacinação e insistiram na importância do controlo de fronteiras e da ventilação dos espaços para evitar recuos no outono/inverno.

A possível aplicação de o certificado digital ser alargado a outras atividades económicas e espaços públicos foi posta em cima da mesa, esta quarta-feira, pelo ministro da Economia. Pedro Siza Vieira.

O governante apontou que os certificados digitais são “uma boa maneira” de permitir que “um conjunto grande de atividades funcione sem pôr em risco a saúde da população”.

O ministro fez um balanço positivo da medida e disse também que “faz sentido” que a apresentação do certificado digital para entrar em alguns estabelecimentos seja “alargada a outros municípios, a outras regiões do país” para “facilitar a vida não apenas aos utentes, mas também aos restaurantes”.

Siza Vieira disse ainda que o Conselho de Ministros vai analisar “todas as medidas restritivas” atualmente em vigor e terá a possibilidade de “alargar” o funcionamento das atividades económicas.

Também o Presidente da Republica se mostrou “irritantemente otimista” depois da ronda de apresentações no Infarmed e abriu a porta para um alívio de medidas nas próximas semanas.

Na quarta feira à noite, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esperar que o Governo, a partir de hoje, abra caminho a “um discurso de transição da pandemia para o pós-pandemia” de covid-19, “um discurso pela positiva, da esperança”.

O chefe de Estado referiu-se depois à atuação das autoridades sanitárias, manifestando-se preocupado com “a coerência do discurso”, e pediu que as decisões sejam consistentes, sem regras desconexas aplicadas nos diferentes setores, como a restauração e o desporto.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Está reunião se não tivesse a palavra “Covid-19” não passava de uma reunião do núcleo central de um partido fascista a impor uma ditadura e o controlo autoritário da população!
    Na verdade… sempre foi esse o objetivo!

    • Para mim anda tudo em sentido contrário, ou seja, epidemia para um lado e medidas para o outro, embora reconheça que isto é uma enorme catástrofe para a economia a da saúde não é menos importante, bem pelo contrário, se você cair numa cama de um hospital atacado com o vírus poderá talvez aí mudar de opinião!

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