Restos mortais terão sido encontrados nos destroços do Titan

Ifremer

O robô de resgate francês Victor 6000 é um dos envolvidos nas operações de busca do Titan

A Guarda Costeira dos EUA afirmou ter encontrado “presumíveis restos humanos” dos destroços do submersível Titan, que implodiu numa viagem para ver o Titanic, no oceano Atlântico.

A informação foi divulgada horas depois de ser anunciado que os destroços do submersível — que são peça fundamental da investigação para esclarecer as razões da sua implosão — tinham chegado a São João da Terra Nova, capital da província canadiana de Terra Nova, tendo sido descarregados num cais da Guarda Costeira do Canadá.

Os “presumíveis restos” mortais vão ser levados para os EUA, onde profissionais médicos vão fazer uma análise formal.

Os destroços do Titan foram localizados a cerca de 3.810 metros de profundidade e a quase 488 metros do Titanic, no leito oceânico, indicou, na semana passada, a Guarda Costeira.

A recuperação e análise dos destroços é parte fundamental da investigação para determinar as causas da implosão ocorrida durante a descida em direção ao Titanic e na qual morreram as cinco pessoas a bordo.

“Ainda há muito trabalho a ser feito para entender os fatores que levaram à perda catastrófica do Titan e ajudar a garantir que uma tragédia semelhante não ocorra novamente”, disse Jason Neubauer, da Guarda Costeira dos EUA, num comunicado divulgado no final da tarde de quarta-feira.

A Guarda Costeira iniciou uma investigação da implosão ao mais alto nível, disse Neubauer, observando que o conselho de investigação da Marinha vai analisar e testar provas, incluindo pedaços de detritos.

A OceanGate Expeditions, a empresa proprietária e operadora do Titan, está sediada nos Estados Unidos, mas o submersível estava registado nas Bahamas. A OceanGate tem sede em Everett, Washington, mas encerrou quando os restos do Titan foram encontrados.

A operadora cobrou a cada um dos passageiros 250 mil dólares (229 mil euros) para participar na viagem. A implosão do Titan tem levantado questões sobre a segurança de operações de exploração subaquática privadas.

ZAP // Lusa

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