Reveladas as últimas palavras dos passageiros do Titan antes da trágica implosão

OceanGate

Submarino turístico Titan da OceanGate

Três palavras que não apontam para um final fatídico. Foi também mostrada à audiência desta segunda-feira uma nova imagem do cone de cauda do submarino turístico no fundo do mar.

Investigadores da Guarda Costeira dos EUA divulgaram pela primeira vez uma mensagem que fazia parte das últimas comunicações entre a nave-mãe e o submarino Titan, que implodiu durante uma visita ao Titanic em junho de 2023 e que custou a vida aos seus cinco tripulantes.

“Tudo bem aqui”, diz a mensagem enviada cerca de uma hora depois do mergulho. O submarino perdeu o contacto pouco depois da mensagem ter sido enviada.

O submersível operado pela OceanGate encontrava-se numa expedição em águas profundas para explorar os destroços do Titanic quando desapareceu e implodiu, cerca de duas horas após o mergulho.

Uma audição, que teve início na segunda-feira, procura descobrir as causas do desastre e apresentar recomendações de segurança para evitar futuros incidentes.

Os investigadores apresentaram provas durante a audiência, incluindo uma nova recriação do mergulho e os registos de comunicação entre o Titan e o seu navio de apoio, Polar Prince. Na audição foi também revelada uma nova imagem do cone de cauda do Titan no fundo do mar.

Guarda Costeira dos EUA

Foi também mostrada à audiência uma imagem do cone de cauda do Titan no fundo do mar.

Audição revela vários problemas

O submarino iniciou a sua descida às 09:17, hora local, e pouco mais de uma hora depois, enviou a mensagem — “tudo bem aqui”.

Às 10:47, a uma profundidade de 3.346 metros, o Titan informou ter largado dois pesos. A comunicação perdeu-se pouco depois.

A audição revelou também que o casco do Titan não tinha sido submetido a testes por terceiros e que o navio tinha tido numerosos problemas em mergulhos anteriores.

Entre 2021 e 2022, o submarino registou 118 avarias no equipamento, incluindo falhas nos propulsores e problemas nas baterias. Num dos incidentes mencionados, os passageiros ficaram presos no interior durante 27 horas.

A OceanGate suspendeu entretanto todas as operações e será representada por um advogado no inquérito. O Conselho de Investigações Marítimas da Guarda Costeira dos EUA ouvirá ainda o testemunho de antigos funcionários da OceanGate e de peritos em segurança marítima.

Um ano após a trágica implosão, um dos fundadores da OceanGate, Guillermo Söhnlein, começou a organizar uma expedição ao Dean’s Blue Hole, nas Bahamas.

ZAP //

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