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Republicanos falham os votos necessários e adiam votação de reforma da saúde

Office of the Speaker / Wikimedia

Donald Trump cumprimenta o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan

Donald Trump cumprimenta o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan

A liderança republicana da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos adiou a votação prevista para esta quarta-feira sobre a reforma do sistema de saúde para substituir a lei aprovada pelo ex-presidente Barack Obama, o “Obamacare”, devido à falta de apoio dentro do próprio partido.

Fontes do Congresso disseram à Agência EFE que não se sabe quando a votação será realizada. Antes, o presidente Donald Trump tinha tido uma reunião de última hora para tentar convencer o grupo ultraconservador Freedom Caucus a votar a favor do texto, mas sem sucesso.

O presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, iria dar uma conferência e imprensa para falar da votação, mas o evento também foi adiado depois de os republicanos constatarem que não tinham apoio suficiente para chegar aos 216 votos necessários para aprovar a lei.

Fontes da Casa Branca disseram que a votação se irá realizar esta sexta-feira. No entanto, a liderança republicana, responsável por estabelecer o calendário do Congresso, não se pronunciou sobre o assunto.

“Hoje vamos continuar a debater porque não temos os votos suficientes. Estamos a considerar a situação, houve progressos. Precisamos que isto não seja apenas uma promessa de campanha cumprida, mas realmente diminua os custos dos planos para todos os americanos”, disse Mark Meadows, presidente do Freedom Caucus.

Com os democratas unidos para impedir a revogação do “Obamacare”, se 22 republicanos votarem contra o projecto de lei apoiado por Trump, o presidente sofrerá a sua primeira derrota legislativa.

Esta quinta-feira, o número de críticos ao projecto superava o necessário para obter a aprovação, segundo cálculos da imprensa e fontes legislativas.

Na sua conferência de imprensa diária, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, rebateu as informações e reforçou que o número de congressistas que defendem a lei continua a crescer. Segundo Spicer, a reunião com os membros do Freedom Caucus foi um “passo positivo” para conseguir a aprovação da proposta.

“Certamente que estamos a tentar chegar a um acordo. Fizemos pedidos razoáveis e esperamos que eles sejam escutados e adoptados”, afirmou Meadows.

O problema das negociações dentro do próprio Partido Republicano de Donald Trump é que as exigências dos ultraconservadores de incluir algumas mudanças afastam ainda mais o apoio dos mais moderados ao texto.

// EFE

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