Renegados por Rui Rio têm porta aberta na Aliança Democrática

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Fernando Veludo / Lusa

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O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro

E outros nomes devem ficar pelo caminho. Candidatos do CDS estão escolhidos.

O Partido Social Democrata (PSD), que com o Centro Democrático Social-Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM) forma a coligação pré-eleitoral Aliança Democrática (AD), prepara-se para fechar as listas de candidatos a deputados, que serão aprovadas no dia 15 de janeiro.

Os esforços de recrutamento — marcados pelo silêncio e incógnita — vão trazer de volta ao Parlamento alguns nomes afastados pela gestão do ex-líder dos sociais-democratas Rui Rio.

Se as duas cadeiras atribuídas ao CDS-PP já estão escolhidas — Nuno Melo, pelo Porto e Paulo Núncio, por Lisboa, vão ocupá-las — o PSD tem casos mais bicudos para resolver.

Paulo Cavaleiro, atual secretário-geral adjunto do PSD, Maurício Marques, membro da comissão política nacional, Paulo Leitão, líder da distrital de Coimbra, Cristóvão Norte, que lidera a estrutura do Algarve e Hugo Soares, secretário-geral também afastado por Rui Rio, estarão de volta ao Parlamento, avança o Público esta quarta-feira.

Mas se Montenegro se prepara para abrir portas a alguns dos renegados por Rio, também vai afastar outros.

Este é o cenário mais provável para Hugo Carvalho, Guilherme Almeida, Cristina Ferreira e Hugo Maravilha, da distrital de Viseu, eleitos nas últimas legislativas.

Questionado sobre pormenores do acordo da coligação para as eleições legislativas de março e as europeias de junho, nomeadamente quantos lugares elegíveis o CDS-PP terá nas listas de candidatos a deputados, o eurodeputado Nuno Melo não quis adiantar, referindo que nem aos conselheiros do partido iria revelar essa informação.

Não posso dizer. Olhe, até lhe adianto que não vou dizer sequer aos conselheiros nacionais“, afirmou Melo aos jornalistas, ao início da noite passada.

No entanto, como refere a rádio Antena 1, Luís Montenegro trocou as voltas a Nuno Melo.

É que, à mesma hora, mas em Braga, estava a decorrer um conselho nacional do PSD. E, aí, Montenegro revelou que o CDS vai ter pelo menos dois deputados. É o mínimo garantido, no regresso do partido à Assembleia da República.

Mais tarde, Nuno Melo confirmou o mínimo de dois deputados mas, com um “bom resultado” da AD, terá seis deputados.

A nova Aliança propõe “oferecer aos portugueses” uma efetiva mudança política e de políticas (…) com muito mais ambição, para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses”.

Uma “coragem reformista que fomente a competitividade das empresas” também é prometida pela Aliança, que no contexto de eleições autárquicas está “em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025”, isto é, os partidos envolvidos não concorrerão obrigatoriamente juntos em todos os concelhos.

ZAP //

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3 Comments

  1. “Renegados do Dr Rui Rio têm a porta aberta na nova AD”, se dúvidas houvessem sobre este humano, ficaram agora esclarecidas…

    Os que saíram, eram os ratos, por isso saíram, já não bastava um líder sem carisma nenhum, para agravar, ainda vai buscar reforços em todos os mortos que encontra 🙁

  2. Lembram-se da austeridade do Passos Coelho? Com Montenegro vamos ter ainda pior. Não acreditem nas promessas que ele diz , porque será mesmo muito pior.

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