Uma parceria entre a Renault e a Nissan pode voltar a ser uma realidade, após o fim da fusão em 2017. A empresa francesa quer voltar a reatar com a fabricante japonesa e planeia, posteriormente, comprar a Fiat.
Os planos da Renault para o domínio da indústria automóvel parecem estar em moção. No espaço do próximo ano, a Renault SA quer reerguer a parceria que mantinha com a Nissan Motor Co. O próximo passo será a compra da Fiat Chrysler Automobiles NV, informa a Bloomberg.
A antiga relação Renault-Nissan não terminou da melhor forma, após o escândalo em torno de Carlos Ghosn, o ex-presidente executiva da Renualt e presidente da Nissan. Ghosn foi acusado de vários crimes, entre os quais, a ocultação de rendimentos e até mesmo o desvio de dinheiro para comprar casas e férias.
Nascido no Brasil, descendente de libaneses e cidadão francês, Carlos Ghosn foi presidente da Nissan Motor Co e da aliança formada por Nissan, Renault e Mitsubishi Motors. O gestor foi interrogado no Japão após uma investigação a alegadas violações financeiras, no âmbito das quais terá declarado rendimento inferior ao real. Esteve preso, mas entretanto saiu em liberdade
Agora, a criação de uma renovada aliança é liderada pelo presidente da Renault, Jean-Dominique Senard. O objetivo é uma combinação entre a Renault, a Nissan, a Fiat e a Chrysler. Esta união permitiria concorrer com a Volkswagen, a maior produtora automóvel do mundo até ao momento.
Uma aliança entre a Renault e a Fiat já tinha sido proposta por Ghosn há cerca três anos. No entanto, a sua proposta foi interrompida pelo governo francês, segundo indica a Bloomberg.
Tanto a Renault como a Nissan já afirmaram publicamente que o foco é garantir que a aliança entre as duas empresas funcione bem antes de avançar com qualquer reestruturação do capital, desta o Jornal de Negócios.
A própria Fiat Chrysler está à procura de uma parceria ou fusão, e o presidente John Elkann já se reuniu com outros rivais, incluindo o PSA Group, da Peugeot, para avaliar a possibilidade de um acordo.