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Relatório de Mueller sobre interferência russa será tornado público “dentro de uma semana”

O procurador-geral norte-americano, William Barr, anunciou que irá divulgar o relatório de Robert Mueller, responsável pela investigação às suspeitas de conluio da campanha de Donald Trump com o Kremlin, durante a próxima semana.

“Considero que é importante que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer os resultados do trabalho do procurador-especial”, declarou Barr em resposta aos congressistas democratas que o questionaram sobre o tema, durante uma audição de rotina no comité orçamental da Câmara dos Representantes.

“O processo está a correr muito bem e o meu calendário inicial era que fosse possível divulgar isto em meados de abril”, acrescentou Barr, explicando que a demora se deve ao facto de o relatório ter de ser expurgado de informação sigilosa.

“Penso que dentro de uma semana estaremos em posição de divulgar o relatório ao grande público”, assegurou o procurador-geral, de acordo com o The New York Times.

Durante a audição, Barr anunciou que deu ao procurador-especial Robert Mueller a oportunidade de rever o relatório que o próprio Barr tornou público, como resumo das conclusões da investigação de Mueller e da sua equipa. O procurador-especial, no entanto, rejeitou essa proposta, segundo a CNN.

A presença do procurador-geral nesta audição tinha como objetivo discutir as necessidades orçamentais do Departamento da Justiça, razão pela qual Barr não mencionou a investigação de Mueller na sua intervenção inicial.

Os congressistas, porém, não hesitaram em abordar o assunto: “Não podemos ter esta audição sem mencionar o elefante na sala”, declarou o democrata José Serrano. “O senhor transformou um relatório de mais de 300 páginas numa carta de quatro páginas que supostamente resume as conclusões”, disse o democrata.

Barr respondeu afirmando que, a seu tempo, tudo será tornado público — com exceção da informação expurgada, cujo critério de seleção não foi esclarecido.

A investigação já resultou em acusações contra o ex-diretor de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, e o braço direito, Rick Gates; e contra um ex-assessor do então candidato republicano, George Papadopoulos. Também foram acusados o ex-advogado de Trump, Michael Cohen; o primeiro assessor de Segurança Nacional na Casa Branca do atual presidente, Michael Flynn; além do estrategista político Roger Stone.

Dos 34 acusados, 26 são de nacionalidade russa. Mueller também acusou três companhias da Rússia por irregularidade, entre elas a Internet Research Agency, que teria promovido “uma guerra informativa” nas redes sociais para dividir a sociedade americana. SMuller não apresentou novas acusações no relatório.

ZAP //

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