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Reino Unido. Revisão da política externa inclui aposta na segurança e na defesa

number10gov / Flickr

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, divulgou nesta terça-feira a nova política externa pós-Brexit, que inclui orientações para a segurança, defesa e desenvolvimento internacional, objetivos a atingir até 2030.

O documento, avançou a Rádio Renascença, citando o Guardian, tem como destaque a região Indo-Pacífico, a segurança nacional, a política externa, a economia global, orientações para um papel mais ativo na promoção do sistema internacional liberal e um investimento em investigação e nas indústrias de defesa de alta tecnologia.

Quanto às questões internacionais, “a crescente estatura internacional da China é, de longe, o fator geopolítico mais significativo do mundo hoje”. O facto de “ser um Estado autoritário, com valores diferentes dos nossos, apresenta desafios para o Reino Unido e nossos aliados”, mas a China “contribuirá mais para o crescimento global do que qualquer outro país na próxima década, com benefícios para a economia global”.

Relativamente à Rússia, é apontada como uma “ameaça mais aguda à segurança” britânica e um Estado hostil. “Até que as relações com o governo melhorem, iremos dissuadir e defender ativamente contra todo o espectro de ameaças que emanam da Rússia”, referiu o primeiro-ministro.

A Índia e o Pacífico são “o motor de crescimento do mundo: lar de metade da população mundial; 40% do PIB global”, apontou o documento, definindo a região “o centro de intensificação da competição geopolítica com múltiplos pontos de inflamação potenciais”.

Nos planos de Johnson está uma visita à Índia em abril, o envio para a região do porta-aviões HMS Queen Elizabeth e do grupo de ataque de porta-aviões de apoio ao Indo-Pacífico ainda este ano.

No que toca à cibersegurança, este será “um domínio cada vez mais contestado, usado por atores estatais e não estatais”, com Johnson a defender a criação de uma força cibernética nacional, que combine capacidades militares e de inteligência em “hackeamento” ofensivo. O Guardian apontou ainda a inclusão de drones letais e outras tecnologias robóticas.

Taísa Pagno //

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