Ao quinto dia de protesto, continua a reinar o caos nas ruas da Catalunha. Pelo menos 22 pessoas foram detidas e 89 sofreram ferimentos nos confrontos entre grupos separatistas violentos e as forças de segurança que se registaram na sexta-feira em diferentes cidades da região.
Os Mossos d’Esquadra, polícia regional da Catalunha, informaram que durante os confrontos foram detidas pelo menos 22 pessoas e que o forte dispositivo polical se mantém em algumas cidades. Em relação aos feridos, a maioria registou-se em Barcelona, com 60 casos, segundo os dados do Serviço de Emergência Médica (SEM).
A cidade de Barcelona tornou-se, desde a noite de segunda-feira, cenário de confrontos entre polícias e manifestantes, que construíram barricadas, queimaram mobiliário urbano e pneus, fizeram fogueiras e atiraram pedras e petardos contra as autoridades.
Nesta última noite os confrontos entre os separatistas e a polícia aumentaram de violência, com barricadas e fogos ateados pelos radicais, ao que a polícia respondeu com balas de borracha, gás lacrimogéneo e canhões de água.
Nos últimos dias, grupos de jovens independentistas têm enfrentado a polícia de forma violenta nas ruas do centro da cidade, provocando estragos em montras, esplanadas, contentores e automóveis.
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Face às violentas manifestações, o ministro do Interior espanhol, Fernando Grand-Marlaska, prometeu esta sexta-feira reagir com mão pesada sobre os manifestantes. “Vamos aplicar o Código Penal com toda a contundência”, disse o governante em conferência de imprensa no Palácio de Moncloa, em Madrid, citado pelo jornal Público.
Fazendo um balanço entre os feridos e detidos, o responsável adiantou que os manifestantes não são mais do que “400 pessoas organizadas“.
No mesmo discurso, exigiu uma tomada de decisão do chefe Governo autonómico catalão, liderado por Quim Torra. “Espero que o Presidente da Generalitat e o conjunto das instituições que estão a ver estes grupos independentistas violentos os condenem expressamente”, continuou, citado pelo mesmo jornal.
Nas redes sociais circulam vários vídeos de episódios de violência policial contra manifestantes que, ao que parece, não oferecem resistência. Num destes vídeos, aponta o Público, um manifestante é agredido por mais de cinco polícias da unidade anti-motim.
De acordo com a agência EFE, a Polícia Nacional espanhola deteve Albert García, fotógrafo do jornal El País, durante os confrontos desta sexta-feira à noite por ter “agredido um agente”. De acordo com o jornal La Vanguardia, García terá chocado acidentalmente com um agente e não cometido uma agressão.
ZAP // Lusa
O problema parece estar precisamente no poder ditatorial de Madrid ao impor aos catalães aquilo que não querem!.