A procuradoria anticorrupção de Espanha fez um pedido formal ao Ministério Público suíço para investigar uma doação de 65 milhões de euros a uma conta bancária na Suíça em nome de Corinna Larsen, ex-amante do rei emérito Juan Carlos, e oriunda de uma fundação no Panamá com ligações ao pai de Felipe VI.
De acordo com o jornal espanhol El Diario, o pedido de informações surge na sequência de as autoridades judiciais terem realizado um pedido semelhante a Madrid.
Espanhóis e suíços suspeitam que a fonte do dinheiro é a Arábia Saudita e está relacionado com um alegado crime de suborno na construção da linha ferroviária de alta velocidade que liga Meca a Medina.
A operação foi detetada pelos procuradores suíços, durante uma investigação a operações de branqueamento de capitais no país. O dinheiro saiu do Ministério das Finanças da Arábia Saudita e chegou àss contas de uma fundação do Panamá, cujo último beneficiário era Juan Carlos.
Em setembro de 2018, as autoridades judiciais espanholas arquivaram por falta de provas uma investigação sobre indícios de criminalidade do ex-rei, que abdicou em 2014. As gravações a Corinna Larsen foram realizadas em 2015.
O procurador suíço Yves Bertossa investiga desde o verão de 2018 a doação de 65 milhões de euros. Em declarações ao jornal espanhol El País, Robin Rathmell, o advogado da mulher alemã que manteve uma relação com Juan Carlos durante vários anos, explicou que em 2012 a sua cliente “recebeu uma oferta não solicitada do rei emérito, que o descreveu como uma forma de doação para ela e para o seu filho, com os quais criara laços. Ele tinha passado vários anos de saúde precária durante os quais a nossa cliente cuidou dele”.
Corinna Larsen mostrou arrependimento de ter sido testa-de-ferro de Juan Carlos em negócios pouco claros, como o caso de uma alegada comissão de 100 milhões de dólares, em 2008, para o projeto de construção da linha ferroviária na Arábia Saudita.
Como rei emérito, Juan Carlos perdeu a imunidade. No entanto, continua a ter imunidade em relação aos anos do seu reinado.
Quando me lembro que este tipo foi com uma gaja matar elefantes para África por desporto……..
Tanto em Espanha, como em qualquer país do mundo, a integridade moral é um dever a cumprir e, para isso é necessário haver instituições que possam investigar casos suspeitos e quando hajam provas de ilícitos criminais, é fundamental que as autoridades judiciais apliquem a correspondente pena. Pela justiça e não pelos justiceirosem qualquer país do mundo, incluindo obviamente Portugal. Seja na esfera desportiva, financeira, política, educacional, saúde, judicial, etc.. Mais um aparte, não seria melhor criminalizar os pequenos delitos?; pois “de pequenino se torce o pepino”. Se esta regra fosse implantada, quiçá quando somos crianças pensássemos duas a três vezes antes de tentarmos roubar um chocolate numa lojinha? Com esta medida, diminuiria a pequena “criminalidade” e, subsequentemente reduzir-se-ia a criminalidade maior. Refira-se que sou contra a “pena de morte”, seja qual for o tipo de “criminalidade”. As penas para delitos cometidos por adolescentes parece-me que deveriam ser menores do que para jovens e assim em diante; contudo, descriminalizar erros “menores” parece-me meio caminho incentivar o aumento de criminalidade de maio “peso”. Tanto gostaria que os nossos decisores (políticos e familiares) refletissem e tomassem uma decisão sobre este tipo de sugestão!