Em conferência de imprensa, a Polícia de Segurança Pública (PSP) divulgou as medidas em vigor para esta semana, durante os festejos do Santo António em Lisboa.
O comandante Domingos Antunes, do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, referiu que a PSP vai trabalhar em articulação com a Polícia Municipal durante os Santos Populares, em Lisboa, bem como com as juntas de freguesia, associações e coletividades que costumam estar envolvidas nos festejos.
O objetivo é “que ninguém tenha a tentação de abrir as suas portas para criar ajuntamentos”, já que os arraiais estão proibidos.
As autoridades frisaram também as questões relativas ao consumo de álcool, proibido na via pública: “A polícia não deixará de promover os autos”.
“As pessoas não devem sair de casa e deslocar-se para estas zonas, especialmente as do coração da cidade, porque vai haver fortes restrições a partir das 19h00 de dia 12 [sábado] e até às 2h00 ou 3h00 da manhã de dia 13, domingo. A polícia vai colocar grades a fazer esse condicionamento e essas limitações, sempre com uma lógica proporcional, de acordo com a dinâmica e mobilidade das pessoas”, foi explicado.
Os restaurantes estarão a funcionar até às 22h30, com meia hora de tolerância para as pessoas poderem abandonar os estabelecimentos e regressar a casa, pelo que “sempre que a polícia encontrar zonas de grande afluência e de ajuntamentos que violem as regras”, a PSP vai atuar “de forma reativa e preventiva”, condicionar esses acessos com grades ou fitas.
“Neste momento, o que se exige é que todos cumpramos as regras e temos de fazer este grande esforço individual, sabendo que isto é uma grande contrariedade à vida social – mas neste momento vivemos todos o maior desafio das nossas vidas, que é inverter o quadro pandémico para rapidamente retomar a vida social que todos pretendemos”, foi alertado.
António Carlos da Silva, da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, garantiu que não existe risco zero em relação a infeções de pessoas durante ajuntamentos mas que se tem feito “tudo por tudo” para que Lisboa não ultrapasse os 240 casos de covid-19 por 100 mil habitantes.
A Câmara de Lisboa anunciou que não iria autorizar a realização de arraiais populares devido à pandemia de covid-19, com Fernando Medina a apelar aos cidadãos para que compreendam a situação e evitem aglomerações.