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Com a redução do preço dos passes há mais dinheiro para “leite, tabaco e droga”

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O especialista em Transportes e Vias de Comunicação Luís Cabral da Silva está a surpreender o país com as declarações que fez na SIC Notícias, onde salientou que com a redução do preço dos passes dos transportes públicos as pessoas “vão ter mais dinheiro para comprar leite, tabaco e droga”.

Numa intervenção na SIC Notícias sobre a medida do Governo de reduzir os preços dos passes dos transportes públicos, o engenheiro Luís Cabral da Silva, que é especialista em Transportes e Vias de Comunicação, começou por notar que a iniciativa é “boa”, mas que “devia ser devidamente preparada”.

Destacando a importância de haver “mais oferta” de transportes para responder ao previsível aumento da procura, Luís Cabral da Silva realçou que “a parte eleitoralista” da medida é que as pessoas “vão ter mais dinheiro para comprar leite, tabaco e droga“.

As declarações do engenheiro que tem participado em várias conferências sobre a temáticas dos transportes estão a criar burburinho nas redes sociais.

Luís Cabral da Silva é membro da Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL) e foi o coordenador do estudo “Contributo para um Programa Integrado de Transportes Nacional”.

O especialista em transportes é também um dos signatários do manifesto “Portugal, uma ilha ferroviária na Europa”, assinado também por figuras como o ex-ministro Mira Amaral e os empresários Henrique Neto e Patrick Monteiro de Barros, e que apela ao Governo para começar já a negociar o próximo quadro comunitário 2021-2027 com a União Europeia, para a construção de linhas férreas de bitola europeia, sob pena de o país ficar dependente dos espanhóis e de as empresas nacionais perderem competitividade.

Portugueses de “primeira, segunda e terceira”

A redução dos preços dos passes, no âmbito do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART) lançado pelo Governo, também já mereceu acusações de eleitoralismo por parte do PSD.

O presidente dos sociais-democratas, Rui Rio, diz agora que a medida criou portugueses de “primeira, segunda e terceira”, colocando os primeiros em Lisboa, os segundos no Porto e, por último, o resto do país.

“Do ponto de vista territorial, a medida tem de ser ajustada para que os portugueses sejam todos iguais”, destacou Rio, sublinhando que os passageiros da Área Metropolitana de Lisboa recebem “um subsídio de 26,7 euros por cada habitante para baixar o passe social”, enquanto que os do Porto são subsidiados apenas “em 8,4 euros por habitante”. Já no resto do país, a verba fica-se por “menos de dois euros por habitante”, sublinhou.

Através do PART, que entrou em vigor no início deste mês de Abril, o Governo financia as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e as 21 Comunidades Intermunicipais com 104 milhões de euros para apoiar a redução dos passes, através do Orçamento de Estado e das verbas do Fundo Ambiental.

SV, ZAP //

7 Comments

  1. Não está perfeito, é verdade que não, mas para os laranjas tudo o que não seja feito por eles é uma porcaria!Já chateia sequer olhar para esses fungos ambulantes!

  2. Este País está cheio de FDP.
    Alguns deles, passam esse nível, e atingem o “mestrado” !!
    São os chamados FDP, reles!!!!
    Eis um exemplo!

  3. Normalmente o povo revolta-se quando lhe dizem as verdades…
    Mas o fosso entre os portugueses de primeira (Lisboa), segunda (Porto), terceira (restantes centros urbanos) e quarta categoria (localidades rurais que nem transportes dignos têm) aumenta.

    • o pior é que estes contribuintes do interior, nao andam de transportes publico (porque nao têm) mas vao pagar a redução dos passes dos restantes utentes

  4. Leite não bebo, drogas nada, não fumo… resta o álcool! Sim bebo o que consigo independentemente do que preciso gastar em combustível, impostos , reparações ou seja, tudo o que o meu automóvel necessita! Não uso transportes públicos, felizmente não necessito. Por “consigo” entenda-se o que poderá caber… Este país está cheio de cromos, fdx!

  5. Espero bem que as drogas a que este energumeno se referiu sejam aos medicamentos, porque há mesmo muito boa gente a gastar o ordenado quase ou mesmo todo na farmácia, infelizmente!

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